(Este texto é do domingo pasado. Nin deixándoo de mollo fun quen de facer del nada de xeito.)
Na sala 1 as butacas están ocupadas maioritariamente por cincuentóns, mentres que unha masa de adolescentes fai cola para ver o filme da sala 2 (o tal de que o mundo vai acabar de aquí a nada).
Non era moi acérrima admiradora eu do Amenábar des que me decepcionou con Mar adentro. Pero aconselláranme, vai vela, a ver que che parece. Pareceume ben, sorprendeume. E iso que son máis de cine de corte europeo, onde a xente normal fuma e non só os maos da película. Pero claro, daquela aínda non había tabaco por estas bandas, normal que non se fumase. (Vale, igual fumaban outras plantas.) O caso é que tiñan unha facilidade para queimar papel... ou pergameo, chámalle como queiras. Se os cachan hoxe zoscando tales lumes, xa estaban os forestais dando aviso aos bombeiros.
Xa de pequena me conmovera a destrución da Biblioteca de Alexandría. Agora sei por que: eu tamén creo no amor á sabedoría. Niso se resumen para min as dúas horas de Ágora que fun ver unha vez que o vento nos deixou sosego.
Excelso comentario perpetrado en voz alta e clara ao remate por unha guicha dos meus anos:
—Que pena! Xa sabiamos que ela morría, pero mesmo así...
En fin, son perspectivas. Pero debérana ir ver se aínda non foron. Sen buscaren rigor histórico (para iso vaian aos libros de historia). Gocen da ficción, que merece moito a pena. Aínda que morra a Hipasia ao final, quero dicir, aínda que a maten.
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O comentario remíteme a outro que ouvín un día destes nun café na Nova entre unha moza que fora ver The Visitor ao Poleiro e outra que non.
—E gustouche?
—Gustou.
—Dixéronme que o protagonista era guapísimo...
Estou por apostar que non entendemos por protagonista o mesmo actor. Pero como digo, en fin, son perspectivas.
18 comentários:
Paréceme co blog ainda non vai ben xa que mandei unha "rexouba" e non foi recollida.
Dicía que concordo co comentario do amor a ciencia mais engadiría outro: Salientar as pescudas das mulleres que permitiron, cos seus achados, desenvolver as ciencias (sen esquecer as artes), que en xeral, son descoñecidas pra os mais.
PE: Ainda non tiven a oportunidade de ollar a filme (mais que nada por desamor a "city") nembargantes coñezo un pouco da obra da Hypatia.
Eu fun velo á Ramallosa, Luque, pero creo que xa non está. O meu desamor á Cidadeabertaaomar tamén é grande.
Por engadir, eu complemento co alegato contra os fundamentalismos relixiosos (que non sei se é tautoloxía ou redundancia), implícito no "amor á sabedoría", contra os dogmas de fe.
En canto ao da rexouba que non foi recollida, iso ten máis que ver co provedor de servizos (que non dependen da miña vontade) ca coas desaparicións do blogue, que si son por obra e (des)graza miña.
Se tu dizes que vale a pena é porque vale!
Agora, o problema é encontrar um "poleiro" por aqui que tenha esse filme em cartaz.
Por acaso até gostei do Mar Adentro, não pelo "guapismo" do protagonista, evidentemente!
Saudações do Marreta.
P.S.: Tenho lá um desafio na Tribuna.
Muita confiança depositas em mim, Marreta. Não sei se vou aguentar o peso dessa responsabilidade. O filme vão dar com certeza na Tuga, porque é uma superprodução.
Não sou muito pelos desafios, mas vou lá espreitar.
Eu sou apreciador do Amenabar, "conheci-o numa rubrica que dava no Canal 2 da Portuga "5 noites, 5 filmes" dedicada ao cinema espanhol. Deram 2 filmes dele e gostei.
Depois vi o Mar adentro e também gostei se bem que me pareceu mais comercial.
Agora fico à espera desse para ver se também me encanta ;)
Beijo Grande!
Bom, Kapikua, acho que este filme é comercial, mas ainda há algum filme comercial de que gosto.
(Então esse Beijo Grande que me mandas é grande mas como de grande? É que se calhar não tenho eu corpo grande bastante para ele e era pena que se estragasse.) `_^
Grande na justa medida da tua alma :)
e já que por aqui passei outra vez deixo-te outro!
Não me parece que um filme, mesmo que de época, precise ter grande rigor histórico. Desde que os romanos não andem com relógios digitais no pulso, nem as janelas do castelo tenham persianas, está claro!
2012 estou decidida a não ver, esse pareceu-me interessante! Mas ainda não vi o The Visitor, que esse ando à espera de uma oportunidade, que ainda não surgiu. Mas sim, a moça deve-se ter enganado no protagonista, que "guapísimo" não me parece o adjectivo indicado para o actor...
Beijocas!
A alma, Kapi? Ui, acho que essa vais ter de ir procura-la ao inferno: vendi-a ao demo há tempo (devo precisar que me enganou e não me concedeu a eterna juventude, mas que se podia esperar?). Valha-nos de consolo que lá deve estar quentinha.
Com licença, fico com os beijos à medida do meu corpo: pequeno mas gostoso... Hihihi!
Eu também não acho que um filme deva ter rigor histórico, mas como tive uma discussão a esse respeito, curo-me em saúde, não me vão acusar disso depois.
A de The Visitor não a procures no cinema, Teté. Acho que já disse que é velha. Mas recomendo-te (e ainda não vi mas...) "Celda 211", que imagino que darão aí também.
Quanto ao de protagonista guapíssimo, acho que se referia ao mais novo, que não estava mal, não. `_^
Como queiras...
Não trouxeste o recibo quando vendeste a alam? Agora o gajo enganou-te e não tens onde te agarrar...
Eu pelo menos doei-a ao Demo e ainda fui buscar os benefícios fiscais inerentes às doações. :)
Beijo (a teu gosto)
Non fun ver Ágora, aínda que polos comentarios que me fan os que a viron parece que vale a pena.
En fin, xa veremos.
Pois ahora xa podedes ir ver Celda 211 e verme a min por alí, je je. Bicos pra todos
Não me volta a acontecer, Kapikua!
(E isso foi o que fizeste neste tempo de hibernação, Kapikua? Baixaste aos infernos a buscar os benefícios fiscais e não só?)
Vai um beijo para ti também, que hoje estou esplêndida. `_^
Non sei nin se te falar, Raposo, que estarás a estas horas póndote guapo para ires ver ao Sabina. Teño os dentes que se me espetan no teclado...!
Xa sei que andas pola "Celda 211", que vin o teu nome no tráiler. E non penso deixar de vela. E facer a propaganda oportuna (que xa empecei aquí na caixa de comentarios, ollo!).
Bicos (hoxe isto é un dar...)
baixei aos infernos de não saber bem o que por aqui andava a fazer...
desmorri há dias...
encontrei-me agora...
(tu estás sempre esplêndida ;))
Eu só faço subir e descer aos infernos, Kapi: morro e desmorro tanto, que qualquer dia fico desmorrida para sempre.
Mas faz-me muito feliz que tu desmorreses: que já tem por aí morto bastante.
(És um querido, Kapikua, vou continuar esplêndida, então.)
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