segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
E se foses morrer mañá?
Recoñecerse nos xestos: contemplar pola ventá o mundo que camiña cando o propio está para se deter, nin que as paisaxes sexan tantas e outras; traspasar rostros, crear historias, e quecer as mans agarimando a cunca do café para escorrentar o frío do miolo dos ósos. Non é estragar o tempo pouco pasmar e divagar, soñarse diverso nos moitos uns que pasan, ou degustar —ante a inminencia da certeza implacable e única incluso para quen nin a imaxina á espreita tras un semáforo— a beleza dos momentos, avelaíñas da existencia... anacos de ceo entre os edificios ou as nubes —tanto ten—, bailar, sorrir, chorar até non poder máis.
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7 comentários:
Lembra o discurso de aceitación do Nobel de Saramago, cando conta como seus avós se despediron das árbores ao saberen que morrían?
Pois iso
É unha película preciosa, Kaplan. Se non a viu, recoméndolla. (En fin, a min gustoume, qué sei eu se é preciosa se non.)
As árbores tamén son xente e casa de xente. Eu doulles os bos días ás miñas acotío.
Não sei que faria (em resposta à tua pergunta do título), para ser sincera!
Mas possivelmente de tudo um pouco, como parece ser o caso do filme...
Beijoquitas!
Esqueci-me de referir que gosto muito da foto (e das respectivas cores) do "cabeçalho"... :)
Pois, Teté, que não tenhas de vir a saber assim tão logo. `_^
Obrigada (pelo do cabeçalho outoniço).
Acho que sou bipolar - ou entrava na cama, ou no mundo..
O filme deve ser uma delicia daquelas para ver só, numa tarde de inverno..
Beijoooo como se não houvesse amanhã! ;))
Se fosses bipolar, Tá-se bem (e até estou pensando que és, afinal és elíptico e elipses têm dois pólos, acho) entravas na cama a umas horas e no mundo outras, que até os morituri (isto é, toda a gente), precisam descanso.
Não sei se te aconselhar para ver só. Procura no mínimo a companhia dos gatinhos uma tarde que o filhote esteja a celebrar um aniversário qualquer.
Beijinho como se houvesse hoje. E falando em hojes, PARABÉNS!
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