domingo, 6 de setembro de 2009

Poemamizando










Sábado tocaba a cita e que nos dure, sub- ou infravencionados, no XXIII (ks, ks, ihhh!) Festival de Poesía de Salvaterra do Miño. Coma cada ano foi reencontro cos de sempre (a xeración dos trinta vai ser para a vida), con algúns que levaba ben tempo sen ver e aos que fixen promesas que seguramente non cumpra (escríbeme... ou... se un día pasas, non deixes de pasar... ), pero foi bo sobre todo porque presentaba o Oscar Mourave a súa criatura, ascendendo de poeta inpúblico, a in publico recitante... (e zafouse!)


No more blues

O inverno estabilizou os recentes acontecimentos da tua vida envolvendo-os na segurança inequívoca do teu quarto medieval. E como um poema longo, sem direcção e nem princípio, escreves a cada noite um verso inacabado e triste. Lá fora é a chuva sobre a cidade branca. Os seus habitantes, inertes, não mergulham as suas almas para além da superfície ligeira das coisas: os encontros inesperados no metro, a indelicadeza servida no balcão do café e o artigo comentado da última página do jornal constituem uma farsa de vida. E tu queres mais. Enquanto dormes na penumbra segura do teu quarto, do interior do teu coração uma conspiração nova se agita e despertas com um gosto estranho na boca - talvez seja abril que se avizinha.

6 comentários:

Anónimo disse...

Promesas e compromisos que o máis probable é que non se cumpran, como sempre. Aí está o quid; o error é escribir, chamar, aparecer... De pésimo gusto, inaceptable socialmente.

Sun Iou Miou disse...

Como nos entendemos, señor Kaplan.

Teté disse...

Qui pro quo, em latim, significa mesmo isso: um equívoco! No caso, entre encontros e desencontros! Mas tenho ideia que quando se combina escrever, visitar ou o que quer que seja, o pessoal é sincero. Só que sem data fixa, é hoje, amanhã, qualquer dia, talvez no dia de São Nunca...

A citação adequa-se e faz-nos pensar nesses porquês!

Mas que é bom rever amigos, não restam dúvidas! (*_*)

Beijocas!

Anónimo disse...

Venho agradecer a sua presença na festa do Rochedo. É tão bom poder contar com os amigos nestas alturas...

Sun Iou Miou disse...

Eu sei, Teté, mas se estas promessas não se cumprem não é por má fé, mas porque o tempo passa tão rápido e a gente sempre vai adiando...

Foi muito bom rever amigos, isso foi.

Sun Iou Miou disse...

Oi, Carlos, se a gente vai lá ler cada dia o que você escreveu, como faltar num dia assim tão importante e mais havendo bolo, champanhe e tudo o mais!