Ele mentiu-lhe ternuras para melhor passar o dia. Ela, desistida, deixou-se segurar pela cintura contendo o alento para não afogar tão logo, que as águas eram fundas e turvas, povoadas de algas castanhas, viscosas, tentaculares. Os espinhos das rosas que lhe ofereceu feriram-lhe as mãos, como se chorassem pedaços líquidos de vida, enquanto os tubarões sorridentes, dentudinhos, à espreita, abanavam a cauda.
18 comentários:
Por acaso conheço alguns tubarões desse género, que mentem com a dentuça toda... e, até ver, dão-se bem com a vidinha!
Mas rosas sem espinhos não são rosas, pois não?!
Beijoquitas
Nem tubarões sem dentes são tubarões, Teté, `_^.
Foi caçada de (des)encantos!
Beijo!
- este Natal comprei o livro do Valter Hugo Mãe, O remorso de Baltazar Serapião!
Depois comento contigo!
Espero ansiosa esse comentário, Kapikua. Mas olha bem o que dizes, que ele é meu amigo. ò_ó
Os tubarões tem direito à vida.
Beijito
então o melhor é fazer já um comentário elogioso antes que leve na tromba! :)
Tinhas dito que não ia ser fácil arranjar o livro, foi logo à 1ª numa livraria de uma pequena cidade do centro Tuga, entre Leiria e Coimbra!
Só queria dizer que não ias encontrar as montras forradas de livros dele, Kapikua. Ou que talvez encontraste o único exemplar que ninguém quis comprar. (Ele mata-me).
Mas tenho a certeza de que os comentários que faças vão ser elogiosos ou não partilhariamos gostos blogo-literários.
(Esqueceste mandar-me beijos. Que não se repita. Mando-te um BEIJO GRANDE condicionado a que na próxima visita compenses esta falta grave de carinho.)
Sabido é que non hai algas sen visgo nin rosas sen espiñas
Valter Hugo Mãe?
En canto ao primeiro comentario, Kaplan, só me resta engadir: nin tiburóns sen dentes.
Respecto ao segundo comentario ou pregunta, descúlpeme, Kaplan, pero non sei qué pregunta. Se repite, con todas as palabras que deu por sobreentendidas, agradéceselle.
Há um tirador de espinhos e amordaçante de "tubarões sorridentes" escondido, algures entre a cintura dela e um espaço ligeiramente acima da sua cabeça... Talvez ela o encontre.
Ah, e a(s) fotografia(s): uma varinha de condão entre o destino e a genialidade.
Estábame a referir ao comentario de Kapikua, en que dicía ter comprado un libro de Valter Hugo Mãe. En fin, por non mirar en jujel
O Kapikua, Kaplan, referíase a un libro do valter, de que falei nun texto que hai aí un pouco máis abaixo:
http://istononeuncabare.blogspot.com/2009/11/o-poeta-que-virou-prosador.html
Bendito jújel!
Espaço ligeiramente acima da cabeça, Alma? Entre o cabelo? Vou procurar: espero não encontrar piolhos. :)
"Condão", tive de procurar essa no dicionário. Ai... Sem exageros, por favor, nem que venham bem nesta ausência total de auto-estima. :) (Já me arrancaste dois, que bom!)
para além de tolos ainda acreditas em gaijos dentuças!?? hummmm >:)
Beijo sem espinhos/ou espinhas :)
(Vai lá ao féisbu fazer rx à tola! ehehehehe)
Tu dá cá os beijos, Tá-se bem, que fica da minha mão, digo dos meus dentes, arrancar-lhes os espinhos. Nhaque!
What's going on on féisbu? Is it party time? Let's dance ou quê?! 'Tá bem, vou, mas não prometo nada. Hihihi!
(As ternuras são meiguinhas, mesmo quando são verdades só de segundo e meio.)
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