Depois dum sono reparador, Rei de Lã, cheguei à conclusão de que não possuo um domínio da língua (portuguesa) como para lhe traduzir fielmente o texto. Aliás (que magnífica palavra, já disse? -algum dia dedicar-lhe-ei um post), se sofrer um infarto pela minha causa, dada a sua avançada idade, assombrar-me-ia esse remorso o resto da vida, até porque, aliás (disse que esta era a palavra total?), é um dos meus mais assíduos visitantes. Fique bem e vá navegar para outra parte, que vou dar umas dicas para a malta nova:
Lamber paredes: Diz-se dos adolescentes quando começam a masturbar-se porque de tanto esforço sem paragem ficam brancos, como se estivessem a lamber o gesso das paredes.
Facer as beiras: É como dizer iniciar suavemente o acosso do namoro.
Andar como un can: Isso dá para perceber, ou? (cão = can, e assim sempre, acho, ão = an)
Negro, burro, pedra: Vai tudo parar na mesma cena: erecção (não de castelos no aire, mas até pode ser quando não há cimento).“
Trangallo: (“ll” sempre se lé como “lh”, minhassenhorasmeussenhores) É um pau que se coloca a um animal para lhe dificultar o movimento. Acho que isto não precisa de mais explicação. Sim, sentido metafórico. Animais somos todos, uns mais evoluídos do que outros, Darwin dixit. 'Tá? Se seguimos por ai este blogue vai acabar assinalado.
Fumegar: Bem se compreende. Aqui é na acepção 'exalar vapores', pela diferença de temperaturas...
Ferrar, chuzar, espetar: Clarissíssimo, é 'cravar, enterrar', mas nem é preciso terra.
Paxara: Isto cá é uma vulgaridade, mas condiz com trangalho, en quanto é um dos seus possiveis complementos nas relações heterosexuais. Com um trangallo e uma paxara pode-se jogar ao trompicallo.
Papuda: O mesmo lá do que cá, figuradamente 'proeminente'.
Meter pé no conto: Seria finamente 'intervir'; uma expressão equivalente em linguagem com asterisco é cortar a mexada (mexar = mijar, 'tá bem?).
Gaiola: Português diamantino, e também 'masturbar-se'.
Caldeiro: O mesmo do que 'gaiola' na acepção de 'cadeia, cárcere', não na outra.
Matar a fame: (fame = fome) Já disse antes um gajo há séculos: "Não só de pão vive o homem" (e a mulher, diria também se for hoje, por falar com correcção lingüística). É o contrario de 'matar à fome'. Não vão dizer agora que os acentos carecem de importância.
Prontos: vou trabalhar, que o meu alter ego está-me a apertar a cravelha.
10 comentários:
Tá bem!
Vou navegar para outra parte...
Hahahhaha.
Pois eu tb agradeço imensamente as explicaçons apesar da minha condiçom de native speaker. :P
Nomeadamente o de lamber paredes nunca o ouvira.
Em África (Angola)também as mulheres grávidas lambem as paredes caiadas, em nítida carência de calcio, e não por outro motivo...
;)
E cravelha é o quê? A goela, garganta, etc.?
Trabalhei num infantário, onde alguns putos de 2 / 3 anos iam lamber as paredes, suponho que pela mesma necessidade de cálcio das mulheres grávidas, de que fala o jonas...
Mas gostei da explicação pormenorizada, em que um chiste ou outro acabaram por passar despercebidos...
ben, agora si que voto, paseino mellor coa explicación que co conto. Menos mal que existen monarquias, de lá.
Ó, Rei, fez muito bem. A saúde é o que importa. Vá tomar um arroz doce com atum, que isso é que levanta o espírito. E volte quando o ambiente esteja mais sossegada. Fique bem.
Ah, La Queu Bleu, petições dessas já houve mais.
De ai vem a expressão, Jonas. Por isso é que se aplica aos adolescentes. Obrigada.
"Apertar a cravelha" é expressão portuguesa, Teté. Aqui diz-se 'apertar os parafusos ou as caravillas'. É a peça como se retesam as cordas dalguns instrumentos musicais. Já estou eu a dar lições? Seguramente há alguma outra palavra para isso que tu conheces.
Tamén eu o pasei mellor, Condado. E sobre todo pásase ben aquí entre rexoubas. Non deixes de volver.
Onte cando li a túa rexouba, Condado, non entendín o da monarquía. Ceo santirmo! Que bo é estar lúcido de mañá cedo. O Rei provocou esta entrada, si, que anda seguido a pedir explicacións do que digo (e a Teté, obrigada, sempre ai), pero estas cousas xa non son para el e tíveno que mandar dar unha voltiña para que non me morrese. E si, ¡viva a monarquía absoluta! (`_^)
Dende aquí, decir que disfrutei muito coas explicacións de hoxe. Sutilmente aclaradoras, sen cair no zafio. Tamén cos making-of...
Así e tomo, meu relato favorito é o do martes de antroido
PD: pido discultas polo meu galego escrito.É un atrevemento pola miña parte precisamente neste foro, así que "con perdón da sua cara", sun iou miou. MissTollo
Por favor, Miss Tollo, que non son fundamentalista. Escriba como queira e mellor saiba, sempre que eu entenda a lingua (e non se me queixe, que o abano é amplo). Bicos
Por unanimidade, dentro e fóra desta rexoubada, venceu o Entruido.
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