Ouveando cabálganme as sirenas
a envoltura falsa que me abrangue,
monótono o badalo e rouco tangue
no padal resequido polas penas.
até os músculos, os ósos, até as veas,
chantan nos artellos coma areas
faíscas que son guizos infinitos.
e suxéitanme á padiola con correas
os verdugos que decretan que non cinga
estes dedos os teus pulsos sen cadeas,
o teu corpo antes que se extinga.
2 comentários:
Um soneto nunca cai em vão...
Teté: "van" é o mesmo que 'vão', mas também é 'cintura'. Infelizmente, este soneto sim é ilusório e em balde. (-_-)
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