FECHADO PARA BALANÇO
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Roubado do Palavras Roubadas
Os afluentes da margem esquerda
Sim, eu sei,
ao fim e ao cabo
é com pouco esforço
que sorrimos
a trocadilhos sem graça.
As cedências são pequenas
e se, passado algum tempo,
o espelho ou um olhar
de consternação...
há que fazer boa cara:
o preço pode ser alto,
mas nada de burburinho, nada
que pareça regateio.
Sim, eu sei,
no fundo o que te apetecia
era pendurar um cartaz,
onde se lesse:
"Fechado para balanço".
Assim falou José Alberto Oliveira em Nada tão importante que não possa ser dito (...ou mostrado?, digo eu)
Roubado do Palavras Roubadas
Os afluentes da margem esquerda
Sim, eu sei,
ao fim e ao cabo
é com pouco esforço
que sorrimos
a trocadilhos sem graça.
As cedências são pequenas
e se, passado algum tempo,
o espelho ou um olhar
de consternação...
há que fazer boa cara:
o preço pode ser alto,
mas nada de burburinho, nada
que pareça regateio.
Sim, eu sei,
no fundo o que te apetecia
era pendurar um cartaz,
onde se lesse:
"Fechado para balanço".
Assim falou José Alberto Oliveira em Nada tão importante que não possa ser dito (...ou mostrado?, digo eu)
6 comentários:
Boa idea!
O malo é ter que facelo sempre co chiringuito aberto, que un nunca se aclara e logo non saen as contas. Mellor pechar.
A letra da canção do "balanço" para os meus tugas (desculpem os erros que houver, a minha cabeça já não dá mais):
Rua Melancolia
Como quem viaja em lombo duma égua sombria,
pela cidade caminho, não perguntem a onde.
Procuro se calhar um encontro que me ilumine o dia,
e não acho mais do que portas que negam o que escondem.
As chaminés deitam o seu vómito de fumo
a um céu cada vez mais distante e mais alto.
Pelas paredes ocres dispersa-se o sumo
duma fruta de sangue crescida no asfalto.
Já o campo estará verde, deve de ser Primavera,
cruza pela minha olhada um comboio interminável,
o bairro onde moro não é nenhuma pradaria,
desolada paisagem de antenas e de cabos.
Vivo no número sete, rua Melancolia.
Quero-me mudar já há anos ao bairro da alegria.
Mas sempre que tento saiu já o eléctrico
e na escada sento a assobiar a minha melodia.
Como quem viaja a bordo dum barco endoidecido,
que vem da noite e não vá a parte nenhuma,
assim os meus pés descendem a rampa do esquecimento,
fatigados de tanto andar sem te encontrarem.
Logo, de volta à casa, acendo um cigarro,
ordeno os meus papeis, resolvo um palavras cruzadas;
zango-me com as sombras que povoam os corredores
e abraço-me à ausência que deixas na minha cama.
Subo pela tua lembrança como uma trepadeira
que não encontra janelas a onde se segurar, sou
essa absurda epidemia que sofrem as calçadas,
se me quiseres encontrar, já sabes onde é que estou.
Vivo no número sete, rua Melancolia.
Quero-me mudar já há anos ao bairro da alegria.
Mas sempre que tento saiu já o eléctrico
e na a escada sento a assobiar a minha melodia.
Isto é que vai uma crise... de melancolia! De zangas! De férias! Sei lá que mais... 8S
Fica bem, nina!
Fechado?!? Atão bates-me à porta e depois levo com um "fechado"?!? Ai...
Agora que volto é que tu fechas? :)
A ver, Couselo, dis que mellor fechar e resulta que como fechara de verdade cabreácheste? Pois tes dous traballos.
Teté, é así sempre, a crise de estar vivos, e que nos dure. (`_^)
Raf, a próxima vez que preparares um jantar à luz das velas, avisa, que eu não vou reparar no tamanho da pizza precisamente, sempre que for dobre de bacon, fique claro. (^_^)
Sabía que vinhas, melga (com minúscula), por isso fechei, mas está visto que arranjaste maneira de entrar, como sempre. Não sei se é se sairás vivo.
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