domingo, 21 de junho de 2009
Así sen máis
As mañás de sábado e domingo foron de espertar cedo os veciños e aínda ben que o barullo da rozadora me evitou ouvir os improperios. Ás oito en punto, dixo un, con retranca, dos poucos aos que madrugar non lle é problema senón vantaxe. Dade grazas, respondín eu, que non empezara máis cedo, pois xa moito antes o sol e os pardellos teimaban en me devolver á vertical física. Nin sequera o medo a recibir un tiro de sal (con sorte, sal!) dalgún menos comprensivo impediu que pecase gravemente contra o terceiro sen sentir remorsos. Ao cabo, sempre queda a alternativa da confesión. Así.
Despois foi deixar unha asinatura na asemblea de montes en mancomún para lles dar quórum e trocar o resumo da acta anterior etcétera por un café, uma pedras e um bolinho á sombra dunha terraza na Nova, demorando o paso á última páxina do Jornal de Letras, na confianza de que nin pracer nin encanto me ía esquivar José Luís Peixoto ao me revelar (he!) que até no camiño ao supermercado hai unha historia: é só buscarlle as voltas e atoparllas. Sen máis.
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9 comentários:
Qué ben estariamos sen veciños para algunha cousas, non?
A vida na aldea, Sinistro, é máis estresante e menos plácida do que pensan na urbe. (`_^)
Igual temos que volver ao tempo das gadañas... rsss, rsss, rsss, pero que se pode pedir, se até os varredores de follas substituíron as vasoiras (tsss, tsss, tsss) por barullentas máquinas sopradoras, broummm, broummm, brooooooooummm!
Às oito da manhã a acordar os vizinhos com uma roçadora?! Roçadora eléctrica, a diesel?
Isso é um verdadeiro atentado ecológico, uma afronta à natureza e particularmente aos próprios pássaros!
Agora compreendo a cada vez maior proliferação de serial killers.
Saudações de um Marreta para quem dia não é dia se começar antes do 1/2 dia.
Afronta a dos passarinhos, que são uns queridos a chilrar antes já de o sol sair, Marretinha. E depois pensa que pude começar mais cedo e não fiz, que às 6.30 (as 5.30 no vosso fuso horário) já é dia, hehehe! Ainda me tinham de agradecer.
Não te conhecia essas habilidades de poeta meio-diurno. (`_^)
Esse Peixoto descobriu a pólvora seca, sem fumo, verdade?
;)
Ah, Sun, a um Sábado ou Domingo é muita maldade cortar relva às 8 da matina!!! (`_^)
Vá que o barulho te impediu de ouvir os impropérios... não sei se a confissão te safa por aí além. Uma promessa (mesmo como a dos políticos) de que não volta a acontecer, acho que te safa mais!
E concordo com o Jonas: essa "revelação" do José Luis (quase como um primo, que tenho um com o mesmo nome) é uma invenção do catano! He!
Beijocas!
O Peixoto, Jonas e Teté, é um cantor do óbvio edificado em poesia de ires e vires à roda. Sou eu quem vira tudo em afirmações prosaicas.
(Cá também há muito Peixoto... e peixotas. `_^)
Promessa de que não volta acontecer, Teté?! Só se a relva deixasse de crescer e isso não acho que fosse coisa para pedir por muito que me enfade corta-la. Então querias que a cortasse com o sol a me abrasar a cabeça? Ainda quero um pouco a minha saúde e então os vizinhos não me chamariam sacana mas tola (mais).
Beijos a ambos!
Ten razón, coma sempre, esta vez no dos supermercados: para min é unha das principais canteiras das que extraer historias que logo, adoviadas, lles sirvo no blogue.
Onde hai fauna variada, Kaplan, sempre se encontran historias, mas o mérito do Peixoto é encontralas polo caletre adiante e sen que nada suceda.
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