Cando o forense, para apurar as causas da morte, lle abriu as tripas a aquel monte de pel e ósos, encontroulle o estómago e os intestinos ateigados de recoñecementos enteiros, medallas trituradas, títulos de toda especie, varias palmadas no ombro, medios sorrisos e moitas, moitísimas boas palabras xa case ilexibles.
7 comentários:
Para constatar isso tudo, nem era preciso nenhuma autópsia.Bastava adivinhar, pois raramente as coisas se passam de forma diferente.
Tudo por causa das estranhas alegorias que os humanos inventaram para os rituais do viver...
Éeee!
Sempre está a burocracia, Jonas, que os forenses precisam de justificar dalguma maneira o salário.
Ual!
Então! Nesse cabaré não se dança?
Agora só se for a dos Siniestro Total, Oscar, "Y bailaré sobre tu tumba"...
E concluiu que todo aconteceu de morte natural; non si?
Cre vostede, Chousa, que quen come medallas por ter a despensa baleira morre de morte natural? Talvez teña razón: é natural morrer diso.
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