quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Canibalismo

A cada paso, con cada xesto, imos cavando a nosa tumba cada día. Non é un día máis o que vivimos, senón un día menos, e furamos na terra temerarios e inconscientes, abrindo a foxa coas uñas sen cortar. Haberá que procurar, logo, para non esquecer cal é o destino de cada acto, ir adornando as paredes xa esculpidas de trofeos: as cabezas cortadas dos amigos que devoramos.

4 comentários:

Teté disse...

As cabeças cortadas dos nossos amigos a "enfeitarem" a parede? Quanto ao resto tens razão: é um a menos, a cada dia que passa. Mas porquê pensar nisso?

Rexouba então é assim uma espécie de boato?

Sun Iou Miou disse...

Não é bem isso, porque 'boato' é um comentário anónimo que corre de boca em boca, em quanto 'rexouba' é simplesmente um comentário malicioso, que pode ou não se estender.

Cá para mim é imprescindível pensar nisso para aproveitar melhor o tempo que me é dado estar aqui.

Teté disse...

Sim, entendi, mas se a pessoa já sabe que é assim, é curtir um dia de cada vez, em vez de ficar a pensar, não?

Sun Iou Miou disse...

Há dias negros, Teté. Como dizem dois meus amigos: nada e o fim do mundo / tudo acontece por algo. E isso já dá para os iluminarmos um bocado.