domingo, 28 de outubro de 2007
Pola vella
Como nunca sei se lle hai que dar ao reloxo para adiante un pouco ou bastante, decido mudar de fuso horario e enguedellar o tempo por estradas e carreiros nos que o tránsito ao mediodía desaparece, porque as persoas de ben xantan en familia aos domingos. Desde Melgaço contemplo as montañas que me seducen até ao Castro Laboreiro. Arrimo a burra á beira e bótoo a sortes. As brandas e o frío, que xa aquí embaixo vai avisando, quedan para outra ocasión. Hoxe vai estar de ríos. Do Miño ao Vez, do Vez ao Lima, do Lima ao Coura. Coas maletas cargadas de noces e castañas inaugurei a hora de inverno ao atravesar de volta a raia por Onde o Aire Dá a Volta, entre o lusco-fusco de non saber se chegara á casa pola nova ou pola vella.
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2 comentários:
Eh, eh, eh! Andaste a visitar os rios nortenhos. Passaste por Caminha? Há já uns 3 ou 4 anos que não vou lá, antigamente passava lá férias. Mas como o tempo aí nunca é seguro, nem no pino do Verão, olha deixámos de ir (a última vez, fomos por esta altura do ano, apanhámos uma chuvada em Valença, que ficámos todos completamente encharcados...)
Então saiste pela velha, voltaste com a nova. Qual é a dúvida?
Desta vez não passei por Caminha, e essa foi a variação, que moro a dez quilómetros de ai. Decidi ir para o interior, não para o mar, que é o que faço normalmente.
A dúvida, ora essa, é que nunca sei se há que atrasar (quer dizer, dar-lhe à corda bastante para diante) ou adiantar (dar-lhe pouco para diante) ao relógio. E depois cá na fronteira nunca sabemos se imos pela portuguesa (que é o fuso horário que geograficamente nos corresponde) ou pela espanhola. É tudo uma con-fus-ão!
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