sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Gama de grises
Onte, na segunda sesión do Poleiro houbo outra vez grandísimo cheo, case rebordante, e non é cativa a sala.
A película, ía sobre prexuízos* e fronteiras, sobre a amizade, a impotencia das persoas contra a maquinaria insensible dos estados, sobre vidas baleiras que se enchen e vidas plenas que rebentan. A historia mestura emocións con habilidade, sen caer no drama fácil, arrincando sorrisos á consciencia da nosa perspectiva do mundo, co seu final como corresponde, que non é como a xente quixera, senón como a realidade que nos ditan impón.
Mentres a vía, pensaba en ti, nos miles e miles coma ti, e nos que teñen menos sorte ca ti.
Será certo que non podemos facer nada?
_____________
* Preconceitos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
14 comentários:
Ultimamente vin "Los abrazos rotos", "El secreto de sus ojos" e "The Visitor"... As tres boísimas pero sobre todo as dúas últimas polo excelente guión, historias que tocan dentro. E esta última (a escena da protesta diante da ventaíña dos funcionarios, por exemplo) ademáis de tocar o fai con muita sinceridade, lonxe de ideoloxías partidarias, buscando a humanidade ou a persoa que levamos dentro (quén se acorda?)
Concordo, Condado, sen que sirva de precedente, pero para a próxima, abstente de tocar nas teclas do cadro eléctrico. Utiliza os dedos para tocar a guitarra e para pulsar o disparador da cámara.
Cheira-me que vou gostar e muito! sem ser na sala de cinema, mas pronto, não se pode ter tudo... (`_^)
Beijoquitas!
Já vi este filme e concordo convosco, é tocante. A cena que o Condado, descreve, Sun, é talvez uma resposta para a indagação: sempre podemos levantar a voz (mesmo que seja num murmúrio, as vezes) contra alguma injustiça. Eu penso diferente do Condado sobre as ideologias políticas. Nesta matéria, não me é difícil reconhecer de onde vêm as leis que promovem a exclusão. Mas pronto, tu já conheces o cão raivoso que mora no meu coração, e que me vale quando dele preciso. Sabes, gosto muito da Hiam Abbass, a actriz que interpreta a mãe do rapaz. Ela é palestina, e a primeira vez que a vi no cinema foi num filme em Tunis. De lá para cá, tenho acompanhado a sua carreira. Beijinhos... daqui de Iruña!
Não está nos cinemas já, Teté. Foi no cineclube que temos cá. Mas procura porque merece muitíssimo a pena.
Faz rir, faz pensar, faz querer bater no jambé com raiva.
Bom fim-de, menina.
Oscar, acho que vamos ter que falar muito disso. Levo uns tempitos com um desassossego cá dentro a remoer e este filme veio-me a dar aguilhoar nele.
A Hiam Abass é bárbara. Mais não digo. ^_^
'Tá muito frio em Iruña? Espero que não. Cuida-te-me.
É assim! Frio, chuva e paisagem outonal, disso gosto muito. O que não gosto é desta pedreira que levo nos rins. "Pront-us" (adoro a tua ortografia para esta nossa palavra), mas de pedras entendes tu, não é? ;-)
Entendo dessas pedras, Oscar, colicrocantes, nefríticas, pecas pecas pecas. Bebe muita água, toda quanta puderes e mais alguma.
Cá está cinzentão também e chuvinhento, não tão frio como o frio é.
Pront-us é nossa! (all rights non-reserved) `_^
Já me falaram do filme, mas ainda não tive oportunidade de ver. Fico com mais uma opinião positiva e assim que puder, zás! E ainda por cima, parece-me (pelo relato) que há por ali qualquer coisa de libertário.
Saudações do Marreta.
Belíssimo, Marreta. Vais gostar. E se não gostasses, deixa cair a tua ira toda sobre mim. `_^
Mas se gostaste, também quero saber.
"No somos niños indefensos!!!"
Unha frase tan simple e tan certeira.
Tamén me encantaron os toques de racismo, como cando a nai di, referíndose á noiva, "es muy negra"
En fin...Encantoume
Nunca o vi...
mas fiquei muito curioso.
beijo
E os nosos prexuízos, Couselo, cando se escoitaban risas contidas ao ver o vello profesor traxado e engravatado tocando o jambé no parque ou batucando na mesa de reunións mentres os colegas falan e falan?
El secreto de sus ojos e esta son as mellores películas que vin este ano, pero aínda non rematou...
É um filme de 2007, Kapikua, que como ao resto dos que por aqui passam recomendo viva e até mortalmente.
(E já te disse que estou feliz com o teu regresso, nem que o Desassossego nos deixasse assim desassossegadinhos?)
Enviar um comentário