segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Espuma












TEMPO quase a roçar o nada, espaço que aos poucos em areia se vazia. Um castelo de borbulhas desaba, esvaece. Sal e água, efervescência em ondas que permanece distinta, nos lábios. Mergulho em mim, lutando-me. Branco, e um fundo azul roubado... ou será verde?

Verde, é verdade: as camélias de Aveleda e nós, todos. Transparências.

6 comentários:

Anónimo disse...

Também sinto a falta do Ademar, eu que dele apenas conheço o Abnóxio.
Gostava que essa coisa da alma fosse verdade para, assim, poder imaginá-lo a ironizar lá onde a vida seria verdadeira.
Felicidades para si, menina (não, não sou GNR …) e para todos os que são próximos do Ademar.

Sun Iou Miou disse...

Obrigada, Anónimo, pelo carinho e pela presença. Seria muito melhor, sem dúvida, mesmo que não fosse verdade, acreditar que é verdade essa coisa da alma.

Também eu não sou menina.

Teté disse...

Pois, também gostava de acreditar no céu ou paraíso, e numa vida feliz na eternidade. Ou até na reencarnação. Algo que possibilitasse que a morte não fosse apenas um fim, embora ela só aconteça realmente quando todos esquecemos a pessoa que partiu. E isso só acontece, quando somos nós a estar de partida...

Beijinhos!

ella disse...

Somos polvo de estrellas, una de ellas Ademar, visible aqui gracias al telescopio Sun Iou.

Ana Saraiva disse...

Transparências, sim

Anónimo disse...

Só lle traio silencio e ternura para vde. Tome.