segunda-feira, 7 de abril de 2008

Ítaca

A mañá estaba inmensa, infinita coma unha aperta, larga coma o océano, e o sol á altura de Âncora xa me quecía as mans, como se o mundo enteiro fose sur. Cando atravesei o Douro, por primeira vez na moto, acordoume aqueloutra tan desexada que cabalguei tremente na burra vella -andará a pastar agora os gomos novos das viñas rioxanas?- no ano do milagre. Saín da autovía e deixeime ir a cincuenta, velocidade máxima permitida, para prolongar a distancia, coma quen fai o amor co horizonte.

8 comentários:

Teté disse...

Ui, ui, não digas que fazes amor com o horizonte, que ainda te vêm aí cobrar impostos... (`_^)

Sun Iou Miou disse...

Xiça, Teté, pagam impostos em Portugal por fazer o amor? Agora entendo por que todos os pretendentes me mostram a declaração do IRS!

kanjas disse...

E eu que nunca fui para os lados do Douro?! :(

Sun Iou Miou disse...

Jonas, uma aqui toda lírica e tu hehehehehe?

Fausto, tu ainda tens muita onda que navegar, mas acredita, que quando pego no mapa e vejo quantos lugares ficam sem ver vem-me vontade de continuar a viagem sem regressar.

Anónimo disse...

Esa última frase caseque que che é un verso.
Moi bonito Sun Iou Miou.

Sun Iou Miou disse...

Vouche perdoar o "case que" por esta, Sigrid, pero que non se repita.

kanjas disse...

quando for rico ninguem me pára!!

Sun Iou Miou disse...

Ó, Fausto, quando fores rico, manda fabricar uma BB com sidecar (sideboard?), que eu vou contigo.