O peor de facer un TAC non é asinar un papel polo que unha se compromete a saltar ao baleiro e que sexa o que quen queira querer queira. Tampouco é o peor saír da casa sen tomar o café, e ben podía ser isto o peor. Nin sequera é o peor o neboeiro, o frío, a noite negra que aínda é pois ao cruzar a ponte vexo a luz da barca dun pescador que ha de estar a padecer moito máis o frío e o neboeiro ca min e o mal doutros avergoña. Quizá non sexa o peor a litrada, como di o CãoSarnento, con sabor a anís amargo, que te planta no rostro o mesmo ricto de quen sente repugnancia moral. Non é o peor ter que camiñar ao mesmo tempo que se le ou aturar os bufidos do que se aborrece na espera porque non se lle ocorreu traer a calceta para se entreter. Non é o peor que a alegría de que te chamen ao tubo, era sen tempo!, se tolde porque te amarran pola cabeza e indefensa e media en coiro te obrigan a escoitar as mesmas recomendacións que xa mil veces ouviches, mentres che espetan a agulla coa que che introducen a esencia de lucecú nas veas. Nin é o peor, que ata dá gustiño —se unha está e é avisada, que está e é— a calor que che invade o corpo enteiro e que simula un orgasmo relaxado, con sensación de que te vas mexar e non che importa nada, porque sabes que non te mexas. O peor peor non é tampouco ter que aguantar a respiración durante uns segundos que se fan eternos porque cando parece que se esqueceron de ti e vas estoupar , ouves un “xa pode respirar” que soa como se morreses e che desen benvida ao inferno, se non fose porque nunca ninguén morreu estoupando por falta de ar. Tampouco é o peor, sendo malo malísimo que é, que ao pouco de chegar á casa recibas unha chamada do técnico de tomografía axial computarizada para te avisar de que na urxencia de saír de alí a tomar por fin o raio do café, deixaches abandonado o Youth de J. M. Coetzee (e flipo, que ata pronunciou ben o nome e non é calquera!) no vestiario.
Non, o peor de todo son as consecuencias directas da litrada, que te converten en chafariz por un día. Están advertidos: non me chamen para saír, non vaia ser que me entre un lixo polo nariz que me faga espirrar.
14 comentários:
Pois... eu da agulha já não me lembro. Foi há mais de vinte anos que me deram contraste intravenoso e ia morrendo de alergia. Por isso agora só bebo a "mistela" de gosto amargo/doce e não noto que me faça mijar mais do que o costume eheheh.
Pior é quando me fazem ecografia renal e me mandam beber um litro e meio de água uma hora antes e me proíbem de largar nem que seja uma gota.
As duas últimas que fiz, por causa de um cálculo renal (bem podiam tratar dos cálculos com uma calculadora eheheh), uma foi pela manhã e não me deu problemas mas a segunda foi a seguir ao almoço mal parei no primeiro semáfor (a 45 minutos da hora marcada) e dizia que ia rebentar.
Quando fui fazer a eco tive de esvaziar aos poucos e só ao fim de três vezes é que estava na medida exacta, porque a minha bexiga parecia um auto tanque eheheh.
Coisas que transformam a vida num inferno ainda maior, mas quando ficamos doentes, qualquer dia é um dia de vida, ainda que com a bexiga cheia.
Beijinhos e as melhoras.
(segunda é o meu dia de consulta e embora já saiba os resultados dos exames, a espera deixa-me como se tivesse bichos carpinteiros. Não consigo estar parado e durmo três horas mal dormidas...)
Ha! Tomara eu que fosse mijar o que me faz, CãoSarnento: é mais sólidos que se tornam líquidos em propulsão e por isso disse o do chafariz, mas não queria ser explícita, que sou uma senhora e para a média dos teus visitantes, idosa! (`_^).
Ainda vou tardar 20 dias em saber os resultados mas não me preocupam, que muito mal não podo estar se não rebentei já com a carga de trabalho que tenho tido estes quatro meses. Isso não quita que cisme um pouco, claro, e pense como ia reagir se a coisa viesse mal dada e acho que não ia ser tão bem como da primeira vez, que me tocava a mim animar as visitas.
Dessas ecografias renais também fiz uma (isto já parece um concurso a ver quem está mais fodido, pá) e não são agradáveis, mas há coisas piores. (`_^)
Beijinho e que vá tudo bem na segunda (e na terça e...)
Isto hoje está muito hospitalar...
Volto noutro dia, quando passares à fase hospitaleira...
Cá não se passa nunca a fase hospitalar, mas fazes bem em fugir, Jonasito, que vou ter de utilizar até o penico da sopa.
E não continues a escrever esses textos ao Johnny-boy, que ainda me vais fazer acreditar que deus existe e mora entre nós (Parece-te isto suficientemente hospitaleiro?)
Mais que hospitaleiro,ditirâmbico!
Como dizia o outro, quando o pobre tem anjo, é o da desguarda. Com um deus seria a mesma fatalidade.
Aqui estou com o velho Sartre: se Deus existir, torna-se imperioso matá-lo.
hehehe
Deixa o Sartre criar batata: não te queria matar eu tão morto, que não voltasses, Jonas.
E para anxos, no post anterior, fica bem claro qual o meu. Hihihi! (Tanto fiz rir ao professor que não só me deixou o stick para continuar a praticar quando acabou a aula, mas até uma bola -disse que ele tinha mais duas ainda.)
mira ti que vin hoxe aprender cousas aquí! (que todo vaia ben)
Depois de ter feito o comentário tentei interpretar a imagem e já tinha descoberto eheheh.
As melhoras.
Que seipas que me fixeche rir (no mellor dos sentidos). Un saúdo!
E cando non aprendeu algo vostede aquí, Kaplan?!
(Grazas, igualmente: que habendo saúde, que a roupa cómprase, din por aquí)
E eu que pensei, CãoSarnento, que sendo a imagem tão explícita desvendava o mistério já à entrada e estive para a colocar ao final do texto... (`_^)
Eu é que non podo rir hoxe, Avelaíña, e case ata me dá medo ir a cama, non vaia ser que me relaxe... Pero é bonito rirse das desgrazas alleas, aproveita. (`_^)
Espero que já tenham passado os efeitos de chafariz... odeio médicos, exames e afins.. :(
As melhoras e cuidado com o que sonhas..ahahaha :D vamos rindo né?
Beijoooo de Sábado, finalmente :))
Prefiro não falar, Tá-se bem!, do que se aconteceu esta noite: bons sonhos dão maus acordares. :P
Não adianta odiar nada, especialmente médicos. Quanto a exames, mais duro é ser morto que se aferra à vida. A gente há séculos que se habituou a que lhe tratem o corpo como campo de experimentação de cultivo de mariposas, que mercê a isso podes ter o prazer ou desprazer de ler este diário. (^_^)
Sábado para quem?
Beijo igualmente!
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