segunda-feira, 7 de junho de 2010
De sortes e azares
Eu dígovos que son afortunada. Mesmo, mesmo. Vós crédeme. Levo, calculo que, catorce anos nesta casa e sempre sempre limpei a parte do camiño que corresponde ao meu valado, coma calquera outro veciño, sen máis remedio nin mérito. Botei parte considerable (adxectivo subxectivo) da fin de semana a cortar a herba no eido e só non cortei e limpei por fóra porque ese é labor para a rozadoira, que emprestei e aínda non me devolveron (xa vos estou vendo, non me critiquedes isto que non é a cuestión senón a salvación). E non foi que esta mañá apareceu unha cuadrilla con rozadoiras a limpar o camiño?
Non fose polo abenzoado que non me devolveu o trebello, estábame eu suicidando un pouco neste momento!
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29 comentários:
Mas pelo menos ficaste com a satisfação do trabalho feito. E com bolhas nas mãos...
Abracinho!
Bolhas na alma, Rafeiro!
Abraço titânico!
Destas sortes não tenho eu! Todos os fins-de-semana espero que apareça uma "cuadrilla" armada de balde e esfregona, pá e vassoura, pano e detergente, mas nunca aparece...
Saudações azaradas do Marreta.
E às segundas-feiras que aparece a "cuadrilla", Marreta. Na próxima, espera até a fim de semana passar. Vais ver como é que é bom! ;)
podes traduzir-te?
Poderei, Maria? Depois à noite, tentarei (mais um trabalhinho para as nocturnidades aleivosas). ;) (Mesmo que já prometi desprometer.)
Para que logo digan que a procrastinación é perniciosa!
Deixara vde para mañá a roza e vería como tiña os cadrís (e o orgullo) máis descansados.
Que lle quere? Desas a min pásanme a diario
Pronto, Maria. A coisa, mais ou menos, foi assim. Passei a tarde de sábado e parte da manhã de domingo a fazer barulho coma a corta-relva no quintal. Ficou-me por limpar o muro por fora, do lado do caminho, porque para isso a corta-relva não, precisava da roçadoira, que deixei a meu irmão e ainda não me devolveu por questões que não interessam. Limpar a parte do caminho que dá no meu muro é coisa que levo fazendo (enganei-me no texto, é mais tempo) desde que comprei o quintal (a casa foi feita depois). Sempre foi assim. Todos os vizinhos fazem isso para que a relva e as silvas não comam os caminhos. De maneira que não fosse que não tinha a roçadoira, ontem teria passado mais uma hora a trabalhar, a limpar o muro. E eis que esta manhã, por primeira vez, apareceu um grupo de homens (imagino que foi coisa da Câmara Municipal) a limpar com roçadoiras os caminhos de aqui. Imagina! Pronto, é um exagero a última frase: "Não fosse pelo bendito que não me devolveu a roçadoira eu ia-me suicidando um bocado destas horas!" ;)
Isso é que é sorte! E mesmo sorte dessa inversa: o fato de teu irmao nao ter trazido de volta a ferramenta converteu-se numa bendiçao.. nunca se sabe onde vai saltar a sorte para nos alegrar o dia, nao é?
Se o choio me saíu ben ao final, Kaplan. E os cadrís aínda me aguantan iso e máis. O que non me aguanta tanto é paciencia coa herba, que medra como se comese petisuises.
Pois, Pau. E a pouca gana que tinha eu de limpar o valado por fóra. Agora a ver se isto continúa así ou foi un espellismo (estamos xa en campaña?). ;)
máis que forte foi a sabia intervención do teu irmán, que no seu despiste, contribiu para que ti non deixases os cadrías na pista. Que isto non te vicie para empezar a deixar todo sen ter conta ;)
pon forte, mais o que tiña que poñer era "sorte" . glups
Traballo feito é descanso (dixeron os da cuadrilla).
Eh, sortes dessas não é todos os dias. Não sendo o mesmo que ganhar o Euromilhões ou "El Gordo", pelo menos sempre te poupou algum trabalho. Que venham mais assim...
Beijoquitas!
Ok mais ou menos, Maria, que não tradução, mas síntese atrapalhada. E não é o mesmo. Nada não é o mesmo que tudo.
Que a cuadrilla limpe o camiño de agora en diante non implica, Xenevra, que me vaia limpar o eido, digo, porque iso máis ca sorte ou despiste de ninguén, sería alteración na orde imperfecta das cousas.
Traballo feito non corre presa, en versión de por aquí, don Trepan.
Pois, Teté, mas se fosse uma lotaria dessas, até dava para pagar uma cuadrilla a limpar o quintal também para o resto dos dias, que o dinheiro não dá a felicidade mas folga ao corpo. ;)
Nos asfaltan el cerebro y nos cuidan las margaritas de las orejas... estaba mejor antes ese camino de los borrachos con el río al fondo...
Non mo recordes, Condado: o Camiño dos Borrachos deixou de existir. O Collón de Fontiala xa non é o que era. Xa só falta que empichen a ribeira.
Eu ficava lixado se isso me acontecesse!
Então anda uma pessoa a mentalizar-se para pegar na roçadora e depois vêm uns xicos-espertos e roçam o mato todo?
Está bem está! Comigo estavam feitos!
Teriam de me pagar uma indemnização pelo ócio em que me puseram...
...e eu odeio ócio!
Beijo grande
Não tomaste a medicação esta manhã, Kapik? ;)
Beijo ocioso mas muito bem trabalhado.
Tomei pois mas saiu com muita dose de ironia!
Beijo doseado
Só me dás trabalho em fabricar-te beijos, Kapik.
Beijo desironizado
mas queres trabalhar ou queres ócio?
Trabalhas queixas-te, não trabalhas queixas-te!
Foda-se! Quem te entende mulher?
Toma lá um beijo registado e com aviso de recepção!
Pasareille este teu post á propietaria do predio colindante co meu xardín. Estou ata ...a picaña de esmagarlle as silvas para que non me invadan o meu espazo aéreo, carallo!!!
Esta história demonstra como é errado aquele ditado popular que diz: Não deixes para amanhã aquilo que podes fazer hoje.
Eu, por mim, preguiçoso como sou, diria simplesmente: Não faças hoje o que podes fazer amanhã.
O Alexandre ainda teve sorte que eu não deixo para a amanhã a bem-vinda a tão acertado comentário. ;)
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