quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Da miña ausencia
Parte do séquito que acompañou os meus restos ao contedor do lixo
Morrín durante uns días, pero non tiven culpa. Ao parecer, foi o cheiro o que alertou os veciños e os ladridos dos meus cans esfameados, que quedaron de porta fóra, o que impediu que se desen unha magra homenaxe cos meus escasos restos. Mas pronto, está todo resolto: viñeron (por sorte non houbo necesidade de que chamasen un cerralleiro, que tiñan copia das chaves para unha eventualidade inevitable destas), saíron de novo a correr para procurar máscaras con que amortecer o fedor, chamaron o forense para o levantamento do meu cadáver —tarefa que non foi en modo ningún pesada—, o seguro dos mortos para se faceren cargo dos custes —dos que eu xa antes me fixera cargo— e celebraron as cerimonias pertinentes, que constaron, basicamente, en prenderme lume e botar as cinzas no primeiro contedor de materia orgánica que encontraron.
Namentres, os culpables da miña morte temporal continúan soltos, unha vez que me devolveron á virtualidade restablecendo a conexión que me mantén con vida despois de tres días durísimos de illamento e unha conversa que prometía, que era, digo, fascinante, interrompida.
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16 comentários:
Encántame que despois da vida siga a existir a net.
Benvida, pois!
Non te xosca! Calquera morre se non, Condado!
(Morrer non sei se morrín, mas que foi un sen vivir, foi.)
Conversas interrompidas... na Net e na vida real elas acontecem. Por vezes falta coragem para as terminar.
Por vezes, Carlos, infelizmente, não há maneira de as terminar, menos ainda de as continuar, porque as conversas são no mínimo a dois.
(Ah, desconfiava que me enganara ao assinar o comentário lá, mas pronto, não faz mal, algum dia tinha de ser.) (`_^)
As pessoas que aparecem na foto são os teus vizinhos de Carrouchas?
É que têm um ar de quem está numa festa, não num funeral (mesmo que virtual)... (`_´)
Ha! Teté, o meu funeral deveria ser uma festa. Isso aí é o Coro de Redondo, como o Janita Salomé e o Vitorino, nas Feiras Novas do outro dia em Ponte de Lima (texto "Corazón curado", no fim). (`_^)
ahahaha já me cheirava mal essa tua ausência... :p
Beijooo de quinta (já!!) :|
Ai, Tá-se bem!, anda aqui uma a anunciar sempre hecatombes e dá no que dá.
Beijo de quinta já indo...
Bem-vinda, em qualquer caso.
Ai, estaba eu con saudades de Lisboa, agora que baixarom as temperaturas, LQB. Damos un saltiño?
Ostras! Que tarde é! (E eu entusiasmada aquí a traducir un tocho de acuicultura: voume ter que mirar a cabeza.)
Vou xantar, con permiso.
Bicos.
(Ha! Non dera pola coincidencia nos textos teu e meu. Sintonía...? Cadê você? E xa lin outro nalgures com ese título...)
Damos um saltinho quando quiseres.
Si, algo de sincronia si que che temos. Eu ando algo ausente mas ainda ando por aqui...
Presenza ausente. Andamos na mesma, LQB. Ou será ausencia presente. Case que si.
se te deram como morta que dirão de mim?
serei jesus?
És um verdadeiro messias Fausto, és o que és. A tua desaparição foi anunciada, e depois ias enviando sinais pelo Sushi e o Slap, os teus apóstolos. O que não sei já é o que aconteceu com o melga, que o Estica ainda vai dando alguma coisa para ler.
O Estica entre trabalho e trabalho lá vai dizendo olá. do melga também não sei muito e do arieugon então...
Do Arieugon já nem me lembrava, caro que ele se faz. (`_^)
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