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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Aparecem-me cadáveres
Pronto, para aqueles que não tiveram hipótese de iluminarem o seu desentendimento com a leitura em papel, já está disponível em versão pdf a história verídica que o pessoal de Novas da Galiza arriscou a publicar-me.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Garrafas com mensagem (2)
Eu aludi no texto anterior a um amigo da minha época estudantil que o sucesso (bem pouco sucedido, com certeza) me trouxe à memória. Não que não o tenha lembrado triliões, aproximadamente, de vezes. Mas nesta oportunidade decidi provar fortuna no feisebuque, com muito pouca fé, seja dito de passagem, pois conheci-o bem e não o imaginava a cair numa destas de redes. Mas, ó surprise!, lá estava. Um perfil absolutamente desperfilado sem dados nem fotografia, só com a possibilidade de enviar uma mensagem, qual garrafa de boca aberta. E eu pensei, já que cá estamos, vamos é lançar a garrafa à internete assuntada num conciso "és tu?", ver o que se passa. E, ó mais surprise! ainda, nessa mesma tarde recebi resposta, que traduzo à vossa ignorância despolíglota:
Fosga-se!!!
Acho que sim... que se tu és tu, eu sou eu! Mas... tens certeza que tu és tu? Maria...? De Lmbrd (lá vão mais de 20 ou 30 anos que se me agarrou o nome pela musicalidade, filha)? Enfim, se somos, apesar de tudo, os que somos: envio-te um beijão enorme, e é que nem imaginas a alegria que me entrou, que já vês como escrevo todo atrapalhado...
Depois que foi uma coisa sobrenatural, olha! Estou de jolidayses na casa de Grrtx, a evitar qualquer contacto com portáteis, telemóveis... e zaca!, ocorre-me hoje ligar-me para procurar uma receita* e deparo com a mensagem. E isso não é tudo, pois não! Abri conta no feisebuque nos inícios, para um estudo sobre minaria de dados1, que eu nunca liguei às redes sociais, mas, coisas!, não eliminara a conta2 e além do mais tinha lá o meu nome e tudo3!
Pronto... que na verdade tens de contar muitíssimas coisas, de maneira que responde-me logo-logo (pelos teus pecados!), que fiquei tão nervoso como um dia em que enfiei o fio dental4 ao contrário...
Ai que um dia destes me vejo a gabar as bondades do bigbrotherzão!
________________
*. Hehehe...! Sempre há algum pretexto.
1. Já vi escusas melhores!
2. O coitado nem sabe que isso é tão difícil ou mais! do que apostatar do catolicismo...
3. Eu mais diria "e nada".
4. No vocábulo empregado no original não restam dúvidas: não alude ao fio de limpar os dentes mas ao que designa uma prenda de lingerie. Ups!
Fosga-se!!!
Acho que sim... que se tu és tu, eu sou eu! Mas... tens certeza que tu és tu? Maria...? De Lmbrd (lá vão mais de 20 ou 30 anos que se me agarrou o nome pela musicalidade, filha)? Enfim, se somos, apesar de tudo, os que somos: envio-te um beijão enorme, e é que nem imaginas a alegria que me entrou, que já vês como escrevo todo atrapalhado...
Depois que foi uma coisa sobrenatural, olha! Estou de jolidayses na casa de Grrtx, a evitar qualquer contacto com portáteis, telemóveis... e zaca!, ocorre-me hoje ligar-me para procurar uma receita* e deparo com a mensagem. E isso não é tudo, pois não! Abri conta no feisebuque nos inícios, para um estudo sobre minaria de dados1, que eu nunca liguei às redes sociais, mas, coisas!, não eliminara a conta2 e além do mais tinha lá o meu nome e tudo3!
Pronto... que na verdade tens de contar muitíssimas coisas, de maneira que responde-me logo-logo (pelos teus pecados!), que fiquei tão nervoso como um dia em que enfiei o fio dental4 ao contrário...
Ai que um dia destes me vejo a gabar as bondades do bigbrotherzão!
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*. Hehehe...! Sempre há algum pretexto.
1. Já vi escusas melhores!
2. O coitado nem sabe que isso é tão difícil ou mais! do que apostatar do catolicismo...
3. Eu mais diria "e nada".
4. No vocábulo empregado no original não restam dúvidas: não alude ao fio de limpar os dentes mas ao que designa uma prenda de lingerie. Ups!
domingo, 9 de maio de 2010
O parvo, se é anónimo, passa igualmente por parvo
A propósito desta embaraçosa questão, encontrei na casota do Rafeiro Perfumado um comentário que me permiti roubar e cujo autor ou autora não cito simplesmente porque aquilo é obra! (força de expressão) dum ser que se ampara na modéstia pudibunda do anonimato. É assim que nos mostra a luz no fim do túnel a mente privilegiada e esclarecedora:
Depende. Há casos provados em laboratórios de biologia de que a própria mulher pode ter um filho seu sem haver fecundação por parte de um espermatozóide. É um caso em cada mil milhões (óbvio que aproximado e exagerado) mas ocorre. Há uma interacção neurológica e a mulher quando está em ovulação, esse óvulo (oócito II) começa a desenvolver-se sem haver penetração e fecundação. Origina um ser humano (óbvio que cheio de problemas* genéticos pois contém um cariótipo reduzido e nem chega a sobreviver. Há casos que sobreviveu.
Perante tamanha evidência científica e pomposo domínio da gíria, impõe-se a interrogação retórica: o tal anónimo assinante não será fruto sobrevivente (óbvio que cheio de problemas genéticos e interacções neurológicas) duma dessas fecundações sem penetração nem espermatozóide que nos valha? Há casos, há, um cada dois mil dez anos, mais ou menos.
_______________
* Ignorava que ser preto pudesse ser entendido como problema, mas pronto, se a ciência o diz quem sou eu ―que deixei o curso de Biologia ao meio e nas aulas de Genética só fiz experimentos com moscas― para rebater nada?
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terça-feira, 4 de maio de 2010
À sobrevivência pela abstinência
Andava com um espaço enorme em branco no devenir e na cabeça que não sabia como havia de encher. Isto preocupa-me especialmente porque consequência dessa lagoa mental e vital é a falta de textos, de que o blogue e a minha concentração no trabalho se ressentem... muito. Até que esta manhã caí no tasco do Marreta e fui espreitar à ligação com que ele nos ilumina no caminho à superação da crise. Estes indianos têm uns mistérios paradoxais que abalam com a incredulidade convicta de qualquer um. Há quem tem sede depois de morto e há quem viva sem comer e sem beber (sen comer e sen beber, toda cheíña de frío, toda chea de dolor, diz a cantiga popular galega, aprendam alguma coisa de passagem). A mim, como a todos, assaltou-me a curiosidade. Será que também não...? De qualquer maneira, não adianta escarafunchar: já nunca o saberemos. Reparem que a investigação científica tem o gajo "em observação permanente, sob o olhar atento de 30 médicos", com câmaras a segui-lo dia e noite, do que se deduz que nem na casa de banho pode estar sozinho. E quem é o bonito que consegue meditar assim, hein?! (já não digo mijar ou cagar, que disso se calhar nem precisa), com sessenta olhos ―presumindo, no pior dos casos, a ausência de zarolhos no grupo de investigadores― ferrados nas intimidades duma pessoa?!
Ah, talvez pensaram que a minha dúvida existencial era se a abstinência em comidas e bebidas do abençoado pela deusa abrangia as fodas? Pois, também.
__________
O fulano, digo-vos, nesse regime não dura três telejornais.
Ah, talvez pensaram que a minha dúvida existencial era se a abstinência em comidas e bebidas do abençoado pela deusa abrangia as fodas? Pois, também.
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O fulano, digo-vos, nesse regime não dura três telejornais.
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quarta-feira, 17 de março de 2010
Telefonias psicofónicas
Quem abaixo assina, por ser meia galega?, meio desconfia quando lhe querem vender o que não pediu para comprar, não embalde assiste a aulas de economia nas melhores escolas. Por isso ontem, quando o telemóvel tocou e vi o número nada extenso que aparecia no ecrãzinho, disse ui-que-carai! A senhora Miou era eu, sim, vá lá, despacha-te. Estava com vontade de ouvir vozes humanas (confesso que ao primeiro pensei que era máquina, tal a cadência monótona da frase de início aprendida de cor) e contra o meu geral critério de não-me-interessa-muito-amável-não-me ligue-mais-toooobrigadíssima, deixei falar a criatura. Era da minha (estes possessivos!, desculpem o esgar sardónico que me foge pelo canto do lábio que tenho partido e não posso rir) companhia de telefonia móbil ―e aqui mais um ui-que-carai. Fui escutando pacientemente, com um olho posto no lume (não se me fosse esturrar o jantar e com ele a fome escanzelada). Pelos vistos e estudado o meu historial de consumo, ando ainda com tarifas do século passado, cliente fidelíssima (soubessem eles que à força, não posso ameaçar migração nem de blefe, que com outra qualquer teria sempre as antenas da margem de lá à espreita), e que me convinha mudar de contrato por um preço mínimo que num horário determinado me permitiria ligar de borla a todos os números de telemóvel e fixos, fazer essas chamadas breves que não faço ao meu marido (hein?!) ou aos meus filhos (hein-hein?) para saber onde é que eles estão (hein-hein-hein?). Aqui quase me convence, estereotipadamente. Com certeza, com essa nova tarifa adaptada aos tempos presentes, ia pagar mais uns eurazitos do que pago habitualmente, mas em troca, olhai, queridos!, em troca!, em horário nocturno, qual médium videntíssima do inexistente, ia saber onde param-pairam o meu marido e os meus filhos... Isto é que são avanços tecnológicos!
terça-feira, 3 de novembro de 2009
A voz
Pois, é assim.
Amanhã, ao que parece, se não me papar um tubarão, nem me levar um furacão, nem me partir um raio (e o trovão) em castigo por dissimular os nervos com rimas estúpidas, hei de falar na Rádio Galega. Como não sei fazer duas coisas a um tempo (nem a dois tempos sequer), para o caso, pensar e falar, é altamente provável que não se perceba nada do que diga. Se sentirem a minha língua avançar trôpega, emaranhada entre as palavras, façam-me a bondade de não o imputarem a um excesso de malte (prometo beber chá de tília desde a amanhecida, nem que fosse melhor toma-lo de sumiço).
No mínimo, alegrem-se!, vão ter uma grandiosíssima oportunidade de escutar a minha voz grave e... sensual?
Amanhã, ao que parece, se não me papar um tubarão, nem me levar um furacão, nem me partir um raio (e o trovão) em castigo por dissimular os nervos com rimas estúpidas, hei de falar na Rádio Galega. Como não sei fazer duas coisas a um tempo (nem a dois tempos sequer), para o caso, pensar e falar, é altamente provável que não se perceba nada do que diga. Se sentirem a minha língua avançar trôpega, emaranhada entre as palavras, façam-me a bondade de não o imputarem a um excesso de malte (prometo beber chá de tília desde a amanhecida, nem que fosse melhor toma-lo de sumiço).
No mínimo, alegrem-se!, vão ter uma grandiosíssima oportunidade de escutar a minha voz grave e... sensual?
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Nzumbi
Hoje fui visitar um cadáver virtual muito vivo, oito dias após o enterro, o tempo que me levou seguir o rastro do álcool que ia desprendendo. Ele próprio colocara uma campa por cima que me custou bem levantar para comprovar a identidade. Mas lá estava ―apenas tive de escavar dez centímetros de nostalgia―, a sorrir com a queixada arreganhada e a piscar-me um olho, que tem o seu mérito com as órbitas oculares vazadas. Foi esse pormenor o que me alertou de que ainda respirava. Quando coloquei a campa de novo no sítio, deixei-a ligeiramente escorada na parte que corresponde à boca e entornei uma garrafa de whisky até escorropicha-la. Ainda o senti gritar desde dentro:
―E o gelo, raistepartam?
―Tu tem calma ―disse-lhe―, que a noite traz geada.
―A noite?! Posso morrer de aqui à noite!
―Não tenhas medo, que quem não existe nunca morre. Mas vai aproveitando isto.
E arranquei um coalho gelado do peito.
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