Mostrar mensagens com a etiqueta pintura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta pintura. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A imagem que eu queria

A encomenda do retrato vai bem. Após dia e meio (valha-nos, era fim de semana) a tentar a comunicação em balde, finalmente, quando já receava que aquele fosse um número sem dono, segunda de tarde consegui falar com ela. Expliquei-lhe quem era eu e o que lhe pedia, e como queria que fosse um retrato invulgar, fora dos tópicos da morrinha e da fragilidade, dos tons cinzentos, da mansidão... que a escolhera a ela, em primeiro lugar, porque era uma ilustradora infantil e gostava do seu jeito  para plasmar a vida em cores, que eu não fazia ideia muito bem do que queria mas que tinha claro, mesmo claro, o que não queria. A seguir coloquei-a no contexto. Para que era o retrato e por quê. Ela vacilou e fez uma daquelas perguntas parvas que se dizem retóricas porque não esperavam resposta ou pior, porque a esperam negativa. E eu sorri aí. Porque era nessa pergunta que estava a resposta que eu ansiava ouvir, sem saber: a imagem que eu queria. Ela, acho eu, sorriu também.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A cor, a luz






Anêmonas vermelhas, Dacha



Eu nunca pensei mercar un cadro, digo, pensar pensei moitas veces pero sempre como un imposible. Por iso fun á exposición que a Dacha (Dália Faceira, que descubrín no Alpendre da Lua) colgara en Caminha apenas coa intención de agasallar de cores a vista e acender coa luz dos lenzos a temperatura corporal. Saín do local, dígovos, tamén con algún centímetro a máis de altura no ánimo. Agora cómpre buscarlle un sitio onde quebre a brancura inane das paredes.