sexta-feira, 9 de outubro de 2009

De portas para dentro

Cento cincuenta persoas xúntanse un xoves á noite nunha aldea do sur da Galiza para ver unha película. Parece ficción, case rozando o inverosímil, pero é verídico. O comezo do curso iniciouse ben no Poleiro. Postos en inverosimilitudes, acaeulle coma unha luva a curta coa que se iniciou a sesión, Entorrados, e que se tedes vagar e gana de sorrir un pouco vos recomendo. En contraste co absurdo anterior, Entre les murs devólvenos á realidade en forma de docudrama, con actores non profesionais, situando as cámaras nunha aula de instituto durante un ano lectivo. A loita entre a autoridade do profesor e a afirmación persoal do adolescente, a dificultade de tomar unha decisión que poida determinar a vida doutra persoa...

Polos comentarios á saída, en xeral gustou. Nótese que entre o público hai unha porcentaxe elevada de profesores e mestres. A min sobráronme minutos e faltoume paciencia: nunca tiven vocación docente, pero para ben dos meus potenciais alumnos (e da miña pobre saúde mental) soubenme retirar a tempo. E ademais, había que facer por aguantar até o final: a cervexa (ou o zumito, vaia) á saída cos colegas non se perdoa. Que é case o mellor.

8 comentários:

Teté disse...

Não entendi quase nada desses "Entorrados", mas suponho que também não era para entender... (`_^)

O filme já tinha visto, em DVD (muito elogiado por um amigo luso-francês), mas francamente também não me convenceu por aí além. É aquilo que se passa nas salas de aula? Pois, OK, alguma coisa está mal no ensino. Ou não só no ensino, porque com um futuro pouco prometedor pela frente, quem é que quer empenhar-se e estudar?! Em França, cá, aí, em qualquer lado...

E é mesmo o que não se perdoa: o convívio no final! (a bebida em si não é especialmente relevante) Se valeu a pena por isso, já valeu!

Beijocas

Sun Iou Miou disse...

E assim, Teté: Não há nada que acrescentar ao que disseste. (`_^)

Marreta disse...

Bom, já vi que não compensa ir à Galiza ao cinema...
E quanto à cerveja, parece-me que a Sagres não é de se trocar!

Saudações do Marreta.

P.S.: Então deste um banho de lixivia ao blog?

Sun Iou Miou disse...

Pois, Marreta, quis vestir o blogue de outono, com um fundo cinzento como a minha alma (não disse triste, repara-se, mas podia), mas queixou-se-me uma colega que parece que está (mais) pitosga com a idade: convém ter contentes os leitores, poucos, antes que morram, não achas?

Ah, o filme não era mau, mas agora não se fazem filmes de menos de duas horas, o qual ao meu modo de ver é um absurdo.

Quanto a cervejas nem gosto nem percebo.

R.R. disse...

¡Ai, as cervexas de despois! ¡Dicía o mestre VBolaño que o mellor do teatro eran as cervexas de despois!

Sun Iou Miou disse...

Si, porque as de antes xa están bebidas, r.r. Sempre é mellor o de despois. (`_^)

http://mourave.blogspot.com disse...

Olha, Sun, é assim: as cervejas bebem-se antes, porque depois qualquer filme que venham, é quase bem-vindo. Brincadeiras à parte, gostei do filme, e os meus motivos por gostar dele são, em muitos casos, os mesmos que os que não gostaram usam, então, fico quietinho, com o meu copinho de cerveja, à espera de uma outra conversa ;-)

Sun Iou Miou disse...

Pront-us, Oscar, a mim não me desagradou tanto. E só que o meu é assim é assim: sobraram-me minutos de discussões na sala de aulas. E depois, quando num filme fala todo o pessoal ao tempo, só penso, se tivesse de traduzir isso para dobragem, que agonia e já começo a sofrer. Mas isto são razões que transcendem a história.

De cervejas, nem sei que te diga. Antes ou depois, eu só vou pela conversa... ou o silêncio. ;)