quinta-feira, 26 de março de 2009

Intelixencia e mareos / Inteligência e enjoos













Estou a ver que van levar unha opinión inexacta da Lima. Pensan que é linda, intelixente, un amor? Pois é. Por desgraza, ten un pero que tamén comparte coa dona: maréase no coche cando non conduce ela. E cando se marea, empeza coa cariña de agonía que lle vai caendo, coma a querer dar pena, e zraca, pota que te criou.

O Condado, avó orgulloso da criatura, viu un programa de psicoloxía canina (dixo) e afirma moi categórico el que iso son furriqueiras (só contradicindo o curso natural do chafariz), dependidas da angustia ante o descoñecido, que se a levo a un sitio ao que lle guste ir, pásalle. Pásalle o que?, digo eu para min. O meu tamén son medos?! Por iso entendo a Lima. É máis, outra cadela que tiven fina como un allo desaparecía só ventar paseo en coche, aínda que non vomitase sempre sempre. Entón a Lima, que é máis intelixente aínda e sempre vomita?

De aí deducín que o cociente de vómitos é proporcional á intelixencia. Se me dese por afondar na materia, isto daba para un sisudo estudo científico. Pero non era isto o que eu quería contar.

Continuará…

Estou a ver que vão levar uma opinião inexacta da Lima. Acham que é linda, inteligente, um amor? Pois é. Infelizmente tem um senão que também partilha com a dona: enjoa quando vai de carro se não conduzir ela. E quando enjoa, começa por aquela carinha de agonia que lhe descai, como a querer dar pena, e pronto: zraca, lanço sem mais nem mais.

O Condado, avô orgulhoso da criatura, viu um programa de psicologia canina (disse) e afirma muito categórico ele que isso são cagaços (só contradizendo o curso natural do jacto), dependidos da angústia ante o desconhecido, que se a levar a um lugar ao que goste de ir, isso passa. Passa, qual quê?, digo eu para os meus botões. O meu também são medos?! Por isso entendo a Lima. É mais, outra cadela que tive esperta como um alho sumia só ventar passeio de carro, ainda que não vomitasse sempre sempre. Então a Lima, que é mais inteligente ainda e vomita sempre?

De aí deduci que o cociente de vômitos é proporcional à inteligência. Se desse em aprofundar na matéria, isto dava para um sisudo estudo científico. Mas não era isto o que eu queria contar.

Continuará…

10 comentários:

Teté disse...

Ah, ah, ah, Sun, gostei dessa conclusão "quase científica", do cociente de vómitos ser proporcional à inteligência... (`_^)

Esses programas de psicologia canina parecem-me um pouco... como direi... subjectivos!

Só um pequeno reparo na tua tradução: com espertíssima não usas o muito (ou então escreves muito esperta). Estes graus dos adjectivos dão-nos sempre cabo da tola...

Beijocas!

Sun Iou Miou disse...

Obrigada, Teté, mas o de "muito espertíssima" foi deliberado. Será que já domino tanto o português que me permito essas infracções da norma? He!

Mas sabes que sempre agradeço as tuas correcções, não me leves a mal este atentado. (`_^)

Só usei isso porque não me veio à cabeça uma expressão equivalente a "fino como um alho", que é "muito esperto" em galego.

Agora já te aviso, que foi em ti em quem primeiro pensei: não queiras ler a continuação deste texto, não é para a tua delicada sensibilidade. Acho que vou colocar bolinha vermelha.

Teté disse...

Agora já não é muito comum, Sun, mas em miúda ouvia-se muito essa expressão "esperto como um alho". Que a bem dizer não sei de onde vêm, porque os alhos podem parecer tudo, mas espertos... ?!

E claro que podes infringir regras gramaticais, quem o não faz? (embora alguns não o façam deliberadamente...)

Mau! Então fazes uma continuação que não é para eu ler??? Bolinha vermelha? Censura? Porque sou muito "delicadinha"??? Ai a minha vida...

condado disse...

Podedes rir mesmo, mais río eu coas estadísticas sobre intelixencia de chinas e cadialas :)

Sun Iou Miou disse...

Então já troquei por essa expressão, que é similar à galega, Teté, obrigada.

E eu faço por ti, sei que não vais gostar, mas se leres, depois não venhas com reclamações. (`_^)

Sun Iou Miou disse...

Condado, cando conte a segunda parte, podes rir ti.

Véxote moi susceptible: sosega un pouco.

PreDatado disse...

Há dias em que a Lima conduz para não enjoar?

Eu sou super inteligente a viajar de barco :) É cá um quociente!

Anónimo disse...

Os problemas de enjoo têm a ver com o ouvido interno, mais propriamente numas "bolsas" cheias de um líquido viscoso (de que não me lembro o nome) onde "navegam" umas "bóias" cobertas de cílios que detectam e transmitem a cérebro os movimentos da cabeça, que os processa e conjuga com os estímulos visuais.
Trocando por miúdos, quer dizer que quando o que vemos não está de acordo com o que sentimos, o cérebro fica confuso e daí os vómitos.
Por esse motivo é que quem tem tendência a enjoar deve viajar com os olhos postos na estrada.
Com a idade (ou devido a problemas de saúde) o líquido torna-se mais espesso, o que modifica o tempo de resposta dos cílios (das boias) e começamos a enjoar sem andar de carro. É isso que às vezes me acontece e que me passa assim que começo a conduzir.
Outra coisa que influencia o enjoo é o peso da pessoa ou animal. Quanto mais leve, mais balança e assim, as crianças e os cães pequenos enjoam mais do que os adultos. Claro que isto não é assim tão linear e, especialmente no que diz respeito aos animais, tem muito a ver com o medo ou com a desconfiança em relação ao carro.
No caso da minha Nina acho que eram uma questão psicológica, algum medo latente relacionado com qualquer facto de que nem me apercebi, pois enjoou até aos três anos, altura em que também começou a ganhar peso, a comer melhor e a viajar completamente descontraída.
Hoje em dia salta para o carro com tal entusiasmo que nem tem tempo de se lembrar de enjoar eheheh.
Grande testamento eheheh.
Beijinho.

Sun Iou Miou disse...

Ela tenta, PreDatado, mas eu então seria eu a enjoar, por isso não deixo, he!

De barco a Lima ainda não foi, mas eu nesse médio também demonstrei uma inteligência superior: até aprendi que nunca se deve vomitar contra o vento.

Sun Iou Miou disse...

Não sei se tem a ver como o peso, Cão(somente): a Sela, a outra cadela que tive era enorme até para ser um Golden Retriver e enjoava. Não assim o Azul (outro Golden), nem a Ula (um fox-terrier). Esta última é abrir o carro e já está dentro.

E eu sempre enjoei e continuo a enjoar se não guio eu, por muito que me esforce em olhar para a estrada, salvo em carros muito determinados (e isto também não sei porquê).

Os teus testamentos sempre são bem-vindos cá. (`_^)

Beijito