sexta-feira, 27 de março de 2009

Vómitos / Vômitos



Advertencia: texto non apto para estómagos delicados ou cheos
Advertência: texto não apto para estômagos delicados ou cheios






Había un tempo que non levaba a Lima no coche, porque estaba un pouco farta de limpar vómitos tras cada saída. Pero como me gusta que me acompañe a patinar, luns á noitiña cedín.

Á ida a cousa transcorreu sen incidentes. Chegamos, puxen os patíns e deixeina baixar do coche. Dereitiña foi, como se soubese que estaba alí. Cando a vin toda arroubada, pensei, que merda estará a comer? Pouco imaxinaba eu que era merrrrrda mesmo. Merda humana!

(A miña dilatada experiencia con cans permíteme recoñecer polo cheiro a procedencia dos diferentes tipos de excrementos, que lle queren? Os cans —polo menos os que conviviron comigo— nunca comen merda doutros conxéneres. Poden comer a propia ou a de especies distintas. A de humanos gústalles especialmente: non creo que sexa por fidelidade, senón querenza polo fedor insufrible.)

Cagueime nos mortos e nos vivos do impresentable que fora ciscar xusto alí, á porta da cancha, habendo como hai aseos no xardín e mato dabondo contra o río, pero ao final domineime e cumprimos sen máis desgrazas a hora de patinaxe.

Chegado o momento de volver, temendo o peor, mandei á Lima para a maleta, non me fose deixar bonito o asento do copiloto. Coas ventás de par en par, concentrada en non apañar unha pulmonía e observando as reaccións do bicho polo retrovisor, acouguei cando enfiamos polo camiño que conduce á casa. Á falta de cen metros veume a peste ao nariz. Traguei cuspe... e iso que nin imaxinaba a dimensión real do feito (da desfeita).

Parei para abrir o portal do eido, abrín a maleta para baixar a Lima antes de que se fose untar e cando vin o pastel, quero dicir, a enchente de vómito fecal que alí navegaba... En fin, que saín a correr e afincándo-me contra o valado, larguei ata os sangumiños.


Havia tempo que não levava a Lima de carro, porque estava um bocado cheia de limpar vómitos trás cada saída. Mas como gosto de que me acompanhe a patinar, na Segunda-feira à entardecida cedi.

Na ida a coisa discorreu sem incidentes. Chegamos, pus os patins e deixei-a baixar do carro. Direitinha foi, como se soubesse que estava ali. Quando a vi toda arrebatada, pensei, que merda estará a comer? Não imaginava eu que era merrrrrda mesmo. Merda humana!

(A minha dilatada experiência em cães permite-me reconhecer pelo cheiro a procedência dos diferentes tipos de excrementos, é assim. Os cães —no mínimo os que conviveram comigo— nunca comem merda doutros congéneres. Podem comer a própria ou a de espécies distintas. Da de humanos gostam especialmente: não acho que seja fidelidade, mas querença pelo fedor insofrível.)

Caguei para os mortos e os vivos do intratável que fora borrar justamente ali, na porta da cancha, havendo casa de banho no jardim e mato bastante contra o rio, mas finalmente dominei-me e cumprimos sem mais desgraças a hora de patinagem.

Chegado o momento de voltar, receando o pior, mandei a Lima para a mala, não me fosse deixar bonito o lugar do pendura. De janelas escancaradas, concentrada em não apanhar uma pneumonia e observando as reacções do bicho pelo retrovisor, sosseguei ao enfiarmos pelo caminho que conduz à casa. À falta de cem metros veio-me a pestilência ao nariz. Engoli saliva... e ainda nem imaginava a dimensão real do facto (do jacto).

Parei para abrir a porta do quintal, abri a mala para a Lima baixar antes que se fosse besuntar e quando vi o bolo, quer-se dizer, o alagamento de vômito fecal que lá navegava... Enfim, que saí a correr e encostando contra o muro, lancei até as entranhas.

26 comentários:

condado disse...

Que guarros los humananos...

Sun Iou Miou disse...

Xúrocho, Condado, xusto diante das pistas do Castelinho. Hai que ter mala baba. (ò_ó)

(Ende bem levo protector de goma na maleta do coche, se non tiña que mandalo para ferralla. Que peste...)

Anónimo disse...

Não são só os teus cães que gostam de merda humana, nem são só os teus conterrâneos que gostam de cagar ao fresco, mas ao menos que o fizessem num local longe da passagem.
Essa é uma das lutas que travo com a Nina, há nove anos. Ao princípio segurava-lha a cabeça junto à poia e dava-lhe uns tapões no focinho e agora quando lhe cheira olha primeiro para mim e depois passa de lado, com a cauda entre as pernas, mas nunca se desabituou totalmente e se me apanha distraído, vai logo meter as fuças na merda. Mas é verdade, só comem fezes de outras espécies. Em locais onde pastem cabras ou ovelhas e mesmo onde há caganitas de coelho bravo, tenho de lhe pôr a trela ou então levo o cajado que arranjei com esse fim e basta zurzi-lo no ar, fazê-lo assobiar em movimentos rápidos e ela larga tudo e foge.
É, talvez, o maior defeito dos cães. São muito porcos.

Beijinho.

Sun Iou Miou disse...

Hehehe! Cão(somente). O da cagada até pode ser que fosse conterrâneo teu: não me dá o olfacto para distinguir nacionalidades.

Com a Lima consegui (é muito obediente) que não coma caganitas nem bosta de cavalo: ela larga enquanto digo "Não!". Mas a do outro dia devia estar divinal! E mesmo assim o último naco largou-o, mas já era tarde, que o resto estava no bucho.

A fox-terrier para isso é doida: não só come, mas besunta-se bem: estômago sempre cheio e cheiro para despistar o inimigo. Nunca pude levar sem a trela no campo por isso: merda, peixe morto, cadáveres vários e a alegria nos olhos e no rabo a abanar, condenada! (Há carinhos incompreensíveis...)

Lúa Neghra disse...

Ufff, terrible ler estas cousas a tal hora da mañá. Eu sabía que algúns cans se enzoufaban na merda pàra disimular o seu cheiro (os de caza, sobre todo), pero non sabía que eran tan... Ehem, gourmets. Mecos a Lima, pobriña...

Sun Iou Miou disse...

Mecos à Lima? Pobriña a Lima? Lúa Neghra!!!! Como se ve que non te tocou limpar na merda vomitada. Habíaslle dar mecos ti nese momento, que tombaba do fedor! Foi a primeira noite que durmiu fora da casa. E grazas que non se untou.

Tenho limpado moito vómito de can, moita merda de can, non morro por iso. Pero limpar vómitos de merda humana... Vai pasar moooooito tempo antes que a monte no coche outra vez. De feito xa pasaron catro días. Talvez resista ata o próximo luns, quen sabe?

Rafeiro Perfumado disse...

:D Tadinha da bicha. Mas olha, a minha irmã tem um labrador que, se não o seguram, até a caca dos congéneres marcha!

BEijoca!

Sun Iou Miou disse...

Já provaram a lhe dar de comer, Raf? Isso ajuda, diz-que. (`_^)

(Estive a reler isto agora e estava infestado de erros. Acho que agora ficou melhor, uf.)

R.R. disse...

Estou feito un finolis: cheguei a "merda humana" e non me atrevín a seguir. ¿Será hipersensibilidade? ¿Un pontiño de resaca?

Sun Iou Miou disse...

Fixeste ben, R.R. (`_^) O persoal avisado está. Tamén non quero que me precinten o blog por isto.

O viño era bo? Pois entón!
(Non, hipersensibilidade ti, dubido.)

Jonas disse...

Como tenho estômago sensível, segui o teu prévio conselho:
Não li.
Obrigado.
;)

Sun Iou Miou disse...

De nada, Jonas.

Só mais um conselho: vigia o Boris se te levar de passeio. (`_^)

LM disse...

a filha de uma amiga em plena praza de maria pita encontrou um kleenex usado com montes de muco verde. achou divertido. empapou-o numa poza negra negra e depois absorveu todo o conteúdo como se estivese a tomar o leite empapado num churro... e todo isso no medio segundo que lhe levou á nai tentar evitar tal desfeita...
ás vezes é precisso ter um bom estómago para poder seguir á frente ;-P
beijos

Sun Iou Miou disse...

E o peor de todo, LM, foi que iso sucedeu en plena praza de María Pita, en plena A Coruña, hahaha!
Espero que o de "amiga" non fose recurso de anonimato.

(A min polo menos non me viu ningún veciño, creo: dominei os gritos e o volume das arcadas.)

O malo é que xa case me vai esquecendo... (Aínda tardei uns días en poder contalo con frialdade.)

Teté disse...

Tens razão: os estômagos mais sensíveis são capazes de não aguentar tamanha quantidade de dejectos fisiológicos... (`_`)

Beijocas e bom fimde!

Sun Iou Miou disse...

Leste, Teté, leste? Eu avisei, depois não digas que não fui amiguinha.

Fosse eu no teu sítio, não lia: isto só aguenta o estômago de quem viveu e não morreu.

Beijoquita

Anónimo disse...

Sun, tenho andado ocupado.
A Nina também larga quando eu digo "Não". O problema é quando estou distraído. Essa questão de se rebolar em porcaria, não me tem dado problemas. Talvez não goste... ela gosta é de se rebolar na relva frescas dos jardins, mas eu só a levo lá depois de ela ter feito a "cagadinha" nos terrenos, senão já sei que a primeira coisa que faz é sujar a relva.
Temos que ser mais espertos do que eles.
Beijinho. (Estou à pressa para ir até à aldeia e ainda tenho de jantar e tomar banho.)
Bom fim-de-semana.!

Anónimo disse...

oooooooooooooouuuu! Por que por que seguin a ler? ( e non só o post, tamén os comentarios:-(
brrrrrrrrrrr

Sun Iou Miou disse...

Sim, Cão(somente), acho que com os cães é isso : estar por diante deles, conhece-los como eles nos conhecem e antecipar-mo-nos às suas intenções.

Sun Iou Miou disse...

Mátavos a curiosidade, Kaplan, iso é o que é. (`_^) Vaia tomar unha herbaluísa.

LM disse...

já sabes que se nom fosse amiga anónima já teria feito um post com algo assim como vida de crianzas ;-P

beijos

Tá-se bem! disse...

blergggggg agora percebo quanto os gatos são asseados!

Felizmente não jantei quase nada... :|

hihihi :p

Beijooo dominical ;)

Sun Iou Miou disse...

É bo poder irmos rindo destas cousas, LM. Hehehe! E ilas notando aquí, que a memoria é fraca, e non tardo en volver levar a Lima no coche.

Bicos

Sun Iou Miou disse...

Pois, Tá-se bem, mas deixam-se querer e muito.

Beijinho

Marreta disse...

Aqui não há dúvida de que a merda já tinha ultrapassado o prazo de validade e estava estragada, motivando a intoxicação alimentar do bicho.
É preciso ter cuidado e ver sempre o prazo de validade antes de dar de comer ao cão.

Saudações veterinárias do Marreta.

Sun Iou Miou disse...

A próxima vez ponho uma reclamação na ASAE então, Marreta. Há tanto vício que a merda ultrapassa o prazo de validade sem ninguém a pegar nela. Vou passar a deixar comer só merda recém cagada, que ainda fumegue.