terça-feira, 6 de julho de 2010
Homenagem ao Ademar, dois ou a parte escrita: ponto de encontro
Fossem assim todas as aulas, todos os encontros. Mas isto não eram aulas: era a vida isto, aprender a aprender... haja alguém que ensine e queira aprender da gente.
Primeiro foi a música, ouvimos, e na música eram só respirações, tosses sustidas contra a secura da saudade que se empilha e empalha a garganta, as memórias a deslizar em vertigem de contactos. Veio depois a escrita, lemos, alto e claro, compreensão palpável, sentido o significado de cada vírgula ou a sua ausência, da vírgula digo, tanto é a sua leveza importante. A seguir, as vozes, de cada quem, quem sou, partilhamos, os testemunhos, todos na sequência duma mesma declaração tácita ou expressa de paixão, todos urdidos de cloreto de sódio e água, todos numa troca de oxigénio e dióxido de carbono ou alento, a química reagindo.
No fim, um puzzle recomposto de peças que vieram a confluir na essência, o ponto de encontro numa humanidade singular e múltipla, dádiva de anos que ainda sabendo a pouco deverão ser provisão bastante para o caminho até ao até.
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10 comentários:
bela homenagem Sun!
Tu és um ser Humano maravilhoso!
Ainda posso deixar beijos?
Então deixo um ENORME para suprir a minha longa ausência por aqui...
Eu já deixei comentário mas pelos vistos desapareceu...
és um SER HUMANO maravilhoso!
Beijo grande
Uma verdadeira homenagem ao teu amigo, tal como a descreves. E isso é que importa!
Beijocas!
Deixo-te o comentário repetido, Kapik, que assim recebo mais beijos. (Bem haja por isso, só, o desvario do blogger ontem com os comentários!)
Quanto às maravilhas quem em mim julgas haver... raismepartam!, fica com a ilusão (e eu!).
Talvez, Teté, devi contar alguma coisa mais, que merecia e muito, mas fica a essência.
Oi, Kapik, esqueci os beijos.
BEIJOS pelo regresso (ainda lamentando por ti, pois isso significará que remataram as férias.)
Associo-me a esta homenagem do poeta Ademar, subscrevendo este texto da Sun Iou.
Obrigada, Alexandre. (Desculpe que demorasse a publicar o seu comentário, mas esqueci que decidira aplicar nesta caixa alguma moderação.)
O abnoxio continua a fazer-me falta. E julgo que não estou sozinho, nesta orfandade.
Embora não tivesse conhecido pessoalmente o Ademar, admirava-o como intelectual e poeta.
Julga bem, Alexandre.
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