Tem muitos dias em que acordo destas horas e já logo-logo me levanto. Escrevo-te, então, um bilhete de madrugada para te dar o bom dia. Hoje não consegui dormir. Antes que o telefone tocasse, às 02.04 (HE), eu não conseguira dormir, como se... quem sabe? Deixara o telemóvel na mesa de cabeceira, por se me devolvias a chamada que preocupada pelo teu silêncio te fiz. Quando tocou, ao meu "bom dia" de brincadeira aliviado (!), não foi a tua voz que respondeu, mas um silêncio longo, e depois já, num sussurro, senti alguém que não eras tu a pronunciar o teu nome e a seguir, um pretérito imperfeito. E eu agora a escrever para ti, como se me lesses, sem te poder dar o bom dia, nem um dia, mais um dia... para nós.
María Alonso Seisdedos
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