domingo, 9 de maio de 2010
O parvo, se é anónimo, passa igualmente por parvo
A propósito desta embaraçosa questão, encontrei na casota do Rafeiro Perfumado um comentário que me permiti roubar e cujo autor ou autora não cito simplesmente porque aquilo é obra! (força de expressão) dum ser que se ampara na modéstia pudibunda do anonimato. É assim que nos mostra a luz no fim do túnel a mente privilegiada e esclarecedora:
Depende. Há casos provados em laboratórios de biologia de que a própria mulher pode ter um filho seu sem haver fecundação por parte de um espermatozóide. É um caso em cada mil milhões (óbvio que aproximado e exagerado) mas ocorre. Há uma interacção neurológica e a mulher quando está em ovulação, esse óvulo (oócito II) começa a desenvolver-se sem haver penetração e fecundação. Origina um ser humano (óbvio que cheio de problemas* genéticos pois contém um cariótipo reduzido e nem chega a sobreviver. Há casos que sobreviveu.
Perante tamanha evidência científica e pomposo domínio da gíria, impõe-se a interrogação retórica: o tal anónimo assinante não será fruto sobrevivente (óbvio que cheio de problemas genéticos e interacções neurológicas) duma dessas fecundações sem penetração nem espermatozóide que nos valha? Há casos, há, um cada dois mil dez anos, mais ou menos.
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* Ignorava que ser preto pudesse ser entendido como problema, mas pronto, se a ciência o diz quem sou eu ―que deixei o curso de Biologia ao meio e nas aulas de Genética só fiz experimentos com moscas― para rebater nada?
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21 comentários:
Ena, tu conseguiste reagir. Eu fiquei a olhar como se de um acidente se tratasse, sem esboçar reacção!
Abracinho!
Não me admira, Rafeiro. Isto só pode ser desígnio do design inteligente. ;)
Abracinho de cariótipo reduzido
Vaia, se eu fose católico practicante diríalle que sen fecundación nin penetración, o caso entre cen mil millóns foi Cristo, pero claro, quen son eu para dicir nada sendo ateo.
PS: a este paso, o seu blog ben podería titularse Isto non é a NASA, que lo sepa.
Se lese con atención, querido Kaplan, vería que eu insinuei o mesmo. O anónimo púxonolo a "huebo", disimulando o castelanismo (do latín "opus" dei?).
Eu diría máis: o blog poderíase titular "Isto non é a NASA, pero ben podía". Non me dea boas ideas. ;)
Inteligente, fazer um post sobre um comentário irreal deixado a um dos bloguistas, que por acaso também gosto, nem sei que dizer :)
Beijinhos :)
Não digas nada, Fernanda. Está tudo dito já. ;)
O Rafeiro é o maior, mas que isto fique cá entre nós. :)
Beijoquita para ti
xDDD Sem dúvida, nom se pode dizer que a história nom seja fecunda ;)
Nem sei de que nos admiramos, LQB, quatro ateus e meio que somos.
ehehehehe, já sorri hoje, eheheheh, mas acho q sei do q é q o anónimo estava a falar. Não esqueçamos q o rafa e lido por miúdos e q o comentário pode ter vindo de um menos esclarecido.
Talvez ele se referisse à partenogénese parcial: qd o óvulo é fecundado por um espermatozóide, algum óocito imaturo q por lá ande pode ser levado a dividir-se também, fundindo-se mais tarde com o ovo em desenvolvimento. São as chamadas quimeras.
Mas nos moldes colocados pelo anónimo, só os dragões de komodo e salamandras...
Mas sem ler o que ele terá lido, não sei dizer de onde lhe virá exactamente a confusão...
(isto sou eu habituada a esclarecer confusões de interpretação eheheh em pessoas menos esclarecidas eheheh)
uma vez perguntaram-me de o DNA é exclusivo do nosso planeta...ehehehe...a minha resposta, poiiiis, eu nunca estive em mais nenhum planeta para lho poder confirmar...eheheh. ^_^
aiii, espero que não me apanhem...
Joder, pois xa vai ser casualidade; pero eu coñezo dous "individuos" deses (sen penetración ne fecundación)!
Menos esclarecidos somos todos, Vani, mas no caso presente, que se saiba, não houve intervenção de espermatazóide nenhum. ;)
E depois também estão as gravidezes psicológicas, que não calham. Hehehe!
Essa do DNA é boa. Se ainda te perguntassem na lua, não te safavas com essa resposta. ;)
Por unha vez, Chousa, podemos dicir que o taco estivo bem empregado.
Sen penetración pode haber moitos, pero sen fecundación... aí picou-me a curiosidade.
Si, no caso da concepção imaculada, foi um espírito santo, um ventinho que lhe soprou na abertura sagrada ihihih...
Engraçado q já escutei a teoria de uma má tradução: seria donzela/dama Maria, e não virgem. A necessidade do divino e de controlar as massas terá feito o resto.
É possível reprodução sem fecundação, mas não no ser humano. Estavamos bem tramados se assim fosse, né...somos já poucos, estás a ver?...
OH PAH! Como é q uma bióloga foi parar às traduções??? tb quero!!! eheheeh. Eu quero muita coisa...
O peido que aquela senhora deu, não foi ela, fui eu!
;)
Como te digo, Vani, alguma coisa sei (não tanto como quisera) de reproduções assistidas em sem assistir, mas aqui estamos a falar de seres humanos e fora clonações também. ;)
Quando ao que perguntas, foi antes a tradutora que a bióloga. Quando era miúda queria ser bióloga, e até fiz o bacharelato por Ciências puras, mas um mês antes de entrar na universidade, os professores aconselharam-me para fazer um curso de Letras, visto que tinha mais facilidade para as línguas (as matemáticas, ai...!). Já com 30 e tal anos, decidi matricular-me em Biologia, e lá fui passando e estudando e aprendendo muita coisa (que me fazia muito feliz aprender e saber), mas ao chegar ao 3º ano, a saúde (por duas vezes acabei no hospital), o trabalho (o dia não tinha horas para tudo), as aulas de laboratório a que não podia faltar e a situação económica (não moro perto da Faculdade: era tempo e dinheiro em deslocamentos)... fizeram-me desistir. Como vês, eu também queria MUITA COISA. ;)
Jonas, tu estoiraste hoje? ;) Vou-te ler antes que apagues tudo, se não apagaste já.
Já estou a ver o título da minha tese de mestrado em genética (se chegar a acabar a licenciatura primeiro): "Partenogénese em humanos induzida por efeitos visuais em 3D". Prémio Nobel garantido xD
Já podes começar a trabalhar nisso, Skynet. ;)
Gosto desse mau feitio congénito! :)
Beijo grande
Beijo, Kapik, com penetração (óbvio que aproximado e exagerado) ;)
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