quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vale tingido de vermelho










Porque tudo é sempre seguro ―garantem―, a gente acredita para enxotar mais um pouco a hora da morte prematura: a hora em que a caução esgota o prazo de validade e as palavras se revelam fraude: um falho humano, sempre humano: errare humanum est: o artíficio é humano: humana a ambição, a exploração, a bondade.

Eis o preço na segunda-feira: dique, ruptura, vazamento, barro, sangue: silêncio.

9 comentários:

Teté disse...

Por existirem tantos erros humanos, é que nada é garantido. Mas mesmo que não existissem, também não era, que o acaso, às vezes, leva-nos por caminhos insondáveis, queiramos ou não...

Beijoquitas!

Alexandre de Castro disse...

Sun Iou Miou:
A que acontecimento trágico está a referir-se?

Anónimo disse...

En canto vin a noticia na tv, aquela pobre xente naquel mar vermello, o primeiro que me veu á cabeza é a cantidade de pozas de auga contaminada que teremos nós por aí adiante.
Inconcibible

Alexandre de Castro disse...

Sun Iou Miou:
Percebi agora, pelo comentário do Kaplan, que a Sun Iou Miou se referia à tragédia da Hungria.
Julguei poder tratar-se de algum acidente grave na Galiza e cuja notícia, em Portugal. me tivesse passado despercebida.
É certo que se tivesse lido com mais atenção o texto da Sun Iou Miou teria deduzido qual a tragédia a que se referia. É o que dá ler em diagonal!...

Sun Iou Miou disse...

Apenas a mentira, Teté, é garantida.

Sun Iou Miou disse...

Hai algunhas por aí ao que parece, Kaplan, todas garantidamente sólidas até que...

Sun Iou Miou disse...

A culpa foi minha por colocar aquela fotografia, Alexandre, mas pensei que era bom para imaginar como seria neste o nosso vale compartilhado.

Kapikua disse...

e o Danúbio a ficar insustentavelmente alcalino....

beijo

Sun Iou Miou disse...

Lá vai o azul, Kapik, ainda que parece que não vai estar tão afectado como se temeu num princípio. Enfim, vamos destruindo pouco e pouco tudo quanto, vidas de pessoas incluídas.